Usina de Letras
Usina de Letras
169 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62178 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50582)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Infanto_Juvenil-->O flerte -- 30/04/2008 - 23:14 (Beatriz Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O FLERTE


Quando eu ainda nem pensava em namorar, ouvia certas moças dizerem que estavam flertando. Não entendia o que aquilo significava, perguntava e elas não explicavam direito, falavam que o fulano de tal era o máximo e pronto. Só depois de muita observação é que percebi o que acontecia. Ao cruzarem com certos rapazes na rua ou no clube, essas moças ficavam mais alegres do que o habitual e riam muito. Os rapazes davam um jeito de dizer alguma gracinha e elas riam mais ainda. Uma ou outra até ficava com o rosto vermelho.

Ouvia também as moças dizerem que nos bailes “tiravam linha”. Como eu não ia a bailes, permaneci muito tempo na ignorância, sem saber que linha era essa. “Dar tábua” nos rapazes chatos e “tomar chá de cadeira” eram expressões incompreensíveis para mim. Só mais tarde é que pude alcançar o significado de tudo isso.

De qualquer modo o flerte sempre me intrigou. Acho a palavra esquisita, mas o que ela encerra é até bonito. Um rapaz e uma moça se sentiam atraídos e, querendo confirmar seus sentimentos, passavam a examinar-se de longe. Como não podiam ou não tinham coragem de se aproximar, passavam tempos e tempos lançando-se olhares lânguidos. Talvez arriscassem uns passos no baile, trocando apenas palavras banais por causa do nervosismo.

Se ele fosse muito tímido, corria o risco de botar tudo a perder. Se fosse atirado demais, podia assustar a mocinha. A sorte é que eles tinham tempo, a vida corria mansamente e um dia tudo se resolveria.



Beatriz Cruz
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui