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Erotico-->RESISTÊNCIA DO AR - CAP 04 UM CASO DE AMOR (MAURO VELASCO) -- 29/09/2014 - 15:51 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Amigo Touché, essa é pra você, que está acompanhando esse caso de amor. Valentina


RESISTÊNCIA DO AR
Pode agora sentir aquelas mãos firmes e suaves deslizando por seu corpo despido. Enquanto ele a beija, as mãos escorregam pelas costas, passeiam sobre os seios, percorrem toda a volta da cintura, massageiam as nádegas, estendem-se pelas coxas até os joelhos, retornam devagar até os pelos pubianos, tocam de leve os grandes lábios entreabertos e, depois, recomeçam todo o percurso desde o início. As bocas unidas se beijam mutuamente. Seu corpo está arrepiado de excitação. Imagina o rosto masculino junto ao seu, imagina o perfume que ele usa, imagina a voz entoada sussurrando em seu ouvido expressões de paixão e desejo que mais a excitam e a fazem buscar o corpo do outro no vácuo.
- Dormiu sem apagar a luz?
Conrado entrou repentinamente no quarto e percebeu que Clarice estava deitada, com os olhos fechados, sem saber, no entanto, as imagens que habitavam sua mente e quanto a sua vagina ficara molhada.
Clarice foi sugada das suas fantasias e abriu os olhos num átimo inesperado.
O marido riu:
- Assustou? Me desculpe...
Ela se ajeitou na cama:
- Não estava dormindo... Estava apenas com pensamentos distantes... Coisas do trabalho. Vai tomar banho?
- Sim - ele sentou-se sobre a cama, colocou a mão debaixo do lençol, procurou o corpo da mulher - Já que está acordada, não durma até eu voltar - e deu uma piscada para ela.
Levantou-se e foi para o banheiro.
Clarice voltou a fechar os olhos, mas o encanto se quebrara.
Quando ele voltasse, tentaria atender seus desejos com o corpo do marido, já que o outro corpo imaginado nada mais era, naquele momento, do que cenas abstratas.
Naquele mesmo momento, Rubem saía do banho, em sua suíte, e com a toalha enrolada na cintura entrou no quarto, vendo a mulher se despindo:
- Estou louca para tomar um banho - disse ela, enquanto rumava para o banheiro - Só estava esperando você acabar.
Eneida trabalhava com decoração de interiores. Nas últimas duas semanas, vinha acompanhando uma grande reforma na casa de um empresário de renome na cidade. As coisas não tinham saído exatamente como imaginara e precisou se desgastar com os funcionários contratados para o serviço, além de resolver um problema relacionado com material que viera com defeitos. Estava mesmo ansiosa por um pouco de paz e descontração. E um bom banho conseguiria isso..
Rubem vestiu o short do pijama e foi até a cozinha fazer um lanche antes de dormir. No caminho, passou pela filha saindo do quarto:
- Ei, senhorita, acho que conheço você.
Débora abraçou o pai:
- Passamos o dia sem nos vermos, né?
- Quer fazer um lanche comigo?
Foram andando para a cozinha. Ele preparou dois mistos, encheu um copo com suco de laranja e, quando ia encher o outro, ela puxou o copo vazio:
-Prefiro Coca.
Lancharam conversando sobre generalidades. Rubem olhou para a filha: dezesseis anos. Lembrava-se, perfeitamente, da primeira vez que a segurou no colo, ainda na maternidade do hospital.
Ao voltar para o quarto, encontrou Eneida no computador, de camisola:
- Quero mostrar uma coisa a você.
Rubem se aproximou. Reconhecia aquele site: Mar de Histórias.
- Vou ler uma coisa - disse Eneida - Preste atenção.
Reconheceu também a autora procurada: Clarice Bueno. Mas não era a lista de poemas que Eneida abrira, e sim a lista de contos eróticos.
Ela leu pausadamente a descrição de um encontro ardente entre dois personagens. Era uma narrativa cheia de detalhes visuais, fazendo com que o leitor, por meio das palavras escritas, pudesse ver a cena como um filme na tela.
Enquanto Eneida lia, Rubem refletia: "Ela escreve bem, envolve o leitor, desperta sentimentos e emoções... Vai ser muito útil na oficina do conto".
Visivelmente excitada, Eneida trancou a porta do quarto e puxou a camisola pela cabeça, expondo o corpo nu.
- Preferi não colocar a calcinha - disse ela.
Abraçou o marido, puxou o short do pijama, deitou-o na cama e desceu sobre ele.
No momento em que a penetrava, ouvindo-a gemer, Rubem já não via o rosto da esposa. Via, nitidamente, o rosto de Clarice diante dele.

Mauro Velasco
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