Não importava onde estivesse,
sempre que te olhava,
dentro dos olhos,
na tela,
na fotografia,
meu sangue fervia por dentro,
minha pele se enchia de calor,
minha boca sentia
uma horrível sede da tua.
Meus braços se estendiam,
esperando teu abraço,
e meu sexo?
Ah! Esse se afligia,
com o desejo de ser tocado,
de acolher,
e ser acolhido,
de ser vasculhado,
de ser movido,
por tuas mãos ávidas,
pelo teu sexo endurecido,
para o meu, e o teu prazer.
Por mais que meus pensamentos quisessem,
não conseguiam se desligar da imagem gravada.
E cada vez te olhava,
mais vontade me dava,
mais desejo sentia.
E se o visse agora,
a vontade tornaria,
assim, desse jeito simples,
de quem ama,
enquanto olha.
Valentina Fraga
|