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Artigos-->Bandeira branca! -- 10/11/2003 - 20:44 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bandeira branca!

Athos Ronaldo Miralha da Cunha





Desculpem-me senhores, mas eu sou meio avesso a essas artimanhas da política. Entendo que alguns princípios políticos são pétreos, moralmente pétreos, pois caso contrário podemos fazer da política trampolim para saltos futuros ou um balcão de negócios. Coisa que, a bem da verdade, não surpreende mais.

É inconcebível, inacreditável e difícil de aceitar essas trocas de amabilidades entre antigos e ferrenhos adversários. Arquiinimigos confessos. O PT e o PPS - que incorporou o séqüito de apoiadores de Antonio Britto - são dois partidos que formam, aqui no RS, uma mistura heterogênea. Recentemente, suas lideranças promoveram, em Gravataí, o segundo encontro numa tentativa de sedimentar pacificamente uma convivência para uma futura aliança.



Inúmeras vezes vimos nos programas eleitorais, ilustres políticos, que hoje estão no PPS, dizerem em alto e bom som “O PT mandou a Ford embora”. Outras tantas vezes presenciamos membros do PT afirmar que “Britto vendeu o Estado”. As eleições de 1998 foram pródigas nesses confrontos e marcadas por profundas divergências, desavenças e acusações de parte a parte.

Naquela oportunidade dizíamos que o RS estava polarizado entre Britto e Olívio. Até fazíamos comparações com antigas e longas bipolaridades: chimangos e maragatos e Internacional e Grêmio.



Nessa movimentação político-partidária pré-eleitoral, ficamos estupefatos, pois está posta uma aproximação de duas forças políticas com trajetórias tão desiguais e marcadas por confrontos verbais exaltados. Sob o manto de uma bandeira branca nacional e de prováveis mudanças no Brasil, assistimos, incrédulos e receosos, esses encontros que eram impensáveis há dois anos. Não podemos descrer que no bojo dessas conversas temos visões descompassadas de mundo e de modelo administrativo. E, entre sorrisos amarelos, estão se aproximando. Por isso mal-compreendemos essa provável coalizão de forças. Será possível vermos no mesmo palanque Nelson Proença e Ronaldo Zülke?



Custamos assimilar esse namoro por entendermos ser uma cardiopatia política imprópria ideologicamente. E a nossa incompreensão aumenta quando supomos que eles não são assim tão desiguais. Ou melhor, e talvez aí esteja a maior novidade, percebemos e não acreditamos que essa aproximação não se dá entre dois diferentes e sim entre dois iguais.

Então jogamos por terra toda e qualquer ideologia e simbolismos libertários. E faremos do ideal programático o elogio ao ideal pragmático.

Enfim, cabe uma pergunta. Será que as memoráveis altercações e cruentos debates serão facilmente esquecidos e compreendidos pelo eleitor em 2004?



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