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Artigos-->MALVADEZA -- 11/11/2003 - 10:41 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A gorda de cabelos fulvos e crespos, naquela tarde quente, ali na biblioteca, falando por sobre a nuca do seu moleque balofo, sibilava igual à serpente banguela, que por não mais ter as presas, via-se agora na iminência de perder o sapinho pimpão.



A baleia agoniada acreditava nas fantasias que pregavam a negação do inegável: a morte. Com essa mentalidade recebia outras percepções, e negava então a ocorrência de todos os demais fatos notórios desagradáveis. Aquela espécie de defesa do ego autorizava-a dizer pra comunidade e aos parentes que o cachaceiro safado viajara pra Itália ou Estados Unidos, quando na verdade encontrava-se internado nos hospícios pra tratamento das doideiras. Como era esquisita aquela sua mecânica de "tapar o sol com a peneira"!



Eu pensava, dentro daquele universo milionário prometido, - dez milhões -, num único emprego que precisava. Estava prestes a entregar os pontos e mandar às favas os discursos enganadores.



Se conseguisse trabalho numa empresa particular já poderia dar-me por satisfeito. Sai então, pisando leve, em direção ao ponto do ônibus que me levaria de volta pra casa.



No meio do caminho fui abordado por Edbar Jadeu E. Q. Jaera, o matuto dos escolhos, bêbado notório, que com aquela sua barriga congestionada, procurava contar-me ansioso, as novidades. Ele dizia afoito, que o mega empresário fabricante das melhores balas de coco da cidade fora vítima da sua própria incúria: Ao ser procurado por uma jovem lindíssima, prometera-lhe emprego, mas que para efetiva-la no cargo, ela deveria fazer-lhe alguns favores sexuais e entregar-lhe a metade dos seus salários, durante todo o tempo em que trabalhasse.



A moça concordou, mas quando se viu segura pelo contrato, contou aos demais colegas os termos do acordo. A esposa do empresário comedor soube da história e o sururu foi avassalante. A sociedade foi rompida e o mau patrão colocado pra fora da empresa com um pontapé nos fundilhos. A mulher separou-se. Mas os alimentos mensais seriam pagos com o dinheiro da metade dos salários da empregada.



A traída jurou pelos quatro elementos que o traidor, daquela data em diante, não receberia mais nenhum centavo durante toda aquela sua tola existência. E que pelos poderes da simpatia que fizera, além dele não mais ver a cor do dinheiro, teria só cobranças pela sua vida a fora.



A traída estressou-se tanto que pensou em procurar um médico. Mas não deveria consultar-se com o Dr. Carlos C. Quiets eis que ele tinha a fama de "traçador" de secretárias louras e pacientes morenas; especialmente se essas tivessem bastas cabeleiras castanhas, fossem ricas, e burrinhas.



Ela consultou um profissional de respeito e foi aconselhada a filmar o momento em que a empregada entregava parte do seu pagamento à malvadeza. O trambiqueiro dos infernos foi preso, gerando alegria e satisfação pra negadinha do escritório que se esbaldava toda, daquele dia em diante, nas patuscadas memoráveis.



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