Eu, que ardendo em saudades e ternura
venho rever tua presença amada,
vejo-te hoje, sobre a terra dura,
em merencórias ruínas debruçada.
O jardim, o pomar que encontro agora,
são fantasmas de árvores sem viço...
- Por que voltei a este rincão de outrora,
magoar meu coração com tudo isto?
Lembro-te linda, de mimosas cores,
adornada de pássaros, de flores,
tão terna que jamais te esquecerei.
Foram-se todas essas coisas belas,
Eram tão minhas... onde foram elas?
Onde estaria tudo que deixei?... |