Na dor da doença que ao corpo abate, o olhar fulmina a luta entre o corpo e a mente que procura um novo horizonte sem dor, sem cor. Anseia por um horizonte suavemente branco a ninar o enfermo e os aos que estão à sua volta que também precisam de colo. Colo para colorir a impotência de nada ser ou servir frente a poderosa rainha do silêncio eterno. Colorindo, não há o que enxergar o sofrimento da labuta que tripudia da resistência frágil da vulnerabilidade dos que convivem com a dor. Até que chegado o momento, o horizonte deixará de se apresentar vesgo para dar lugar a uniformidade de uma nova sensação: LIBERDADE. Não mais haverá dor, apenas a leveza e suavidade da essência em transitar livre das correntes dolorosas da matéria.