ENQUANTO TUAS MÃOS EMOLDURAVAM MEU ROSTO,
URGIA EM MIM O DESEJO QUENTE DE MUITO MAIS.
O CORPO AINDA VESTIDO, TINHA URGÊNCIA EM SE DESPIR,
PRA SENTIR AS DELÍCIAS DO CONTATO DA TUA PELE.
TUA BOCA, PROCURAVA A MINHA BOCA, COM A SEDE DE MIL HOMENS,
E TUA CARNE QUENTE ME TOCAVA, FEBRIL.
SENTIA ALI, BEM DE PERTO, O CALOR DO TEU DESEJO,
E A TÓRRIDA VONTADE DE ATENDER MEUS CAPRICHOS TÃO SONHADOS.
DESPI-ME DEPRESSA, NUMA VONTADE LOUCA DE TE POSSUIR,
DE TE TORNAR MEU, NAQUELE INSTANTE EXÍGUO, QUE NOS CABIA.
TOMASTE POSSE DE MINHAS CARNES, QUE SÃO TUAS TERRAS,
POR DIREITO TEU, QUE AS DOMINA COM DESTREZA.
PERCORRESTES MEUS MONTES E MINHAS CAVERNAS,
NUMA LOUCA EXPEDIÇÃO DE PRAZER.
INVADISTE MINHA ALMA COM TEU OLHAR,
E MINHAS CARNES COM TEU MEMBRO VIRIL, E ASSIM
FUI TUA, TOTALMENTE TUA,
EM CARNE E ALMA,
NAQUELE INSTANTE DO GOZO,
ONDE NOS FUNDIMOS,
MISTURANDO UM POUCO DE NÓS, EM MINHA TAÇA,
ONDE DEIXAMOS DEPOSITADOS, O FRUTO DO NOSSO DESEJO,
E O RESULTADO DO NOSSO PRAZER.
VALENTINA FRAGA |
