Enquanto esperava por teu amor
chamava-te pelas madrugadas intermináveis.
Pelos becos da minha memória
transitava meus pensamentos,
revivendo cenas,
recontando histórias,
e cada suspiro angustiante
me tornava mais velha,
mais cansada de tanto esperar.
Soluçava num choro triste tua ausência,
e via tua imagem,
na lembrança, no papel, na tela,
em todo lugar.
Dormia e acordava contigo,
Tinha noites memoráveis de amor,
trocando taças, beijando a boca,
tocando a pele carente de prazer.
Ouvia teus gemidos e os meus,
e guardava comigo tudo isso,
nessa espera,
nessa longa espera,
dentro das intermináveis madrugadas de amor.
Valentina Fraga
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