NOTURNO

Fiquei toda molhada com isso,
e me toquei bem gostoso, pensando em você,
até que veio o orgasmo, e molhou
meus dedos, misturando-se
ao gozo imaginado.
Me masturbei enlouquecida dentro do banheiro.
Um puta desperdício. Valentina


Você está deitada em sua cama. De bruços. Veste uma camisola branca transparente e uma calcinha justa. Tenta pegar no sono, mas não consegue. O marido ao seu lado dorme profundamente. Nada vê, nada sabe. Só você está acordada no meio do silêncio da madrugada. Não consegue dormir porque pensa no homem desejado.

Em sua mente, entre as névoas da lembrança remota, passeiam imagens de beijos, abraços, corpos sobre a cama, línguas que se lambem e você sente a pele arrepiada só de recordar os momentos de paixão e desejo nos braços do homem que lhe dá prazer.

De repente você sente uma presença. Não sabe explicar como ou o quê. É uma presença nítida. Continua com os olhos fechados, quase na fronteira entre o sonho e a realidade. É uma presença que se aproxima. Mas o quarto está escuro, em total breu. O silêncio é o mesmo. E o marido continua apagado em seu sono ao lado.

Você está de olhos fechados, de bruços, a camisola branca e a calcinha justa. E então você começa a sentir a mesma estranha presença agora mais perto. Você sente nitidamente algo como uma mão pousando sobre suas costas e descendo, por dentro do lençol, até as suas nádegas. Parece uma mão. Uma mão forte e firme que se desloca até as nádegas, enquanto você agora sente uma respiração no pescoço, e logo em seguida uma série de beijos leves no rosto e no pescoço, e a mão ainda alisando sua bunda por cima da calcinha.

A sensação é boa. De olhos fechados, querendo reter a fantasia tão real, você sorri e se mexe de leve, para não acordar o marido ao lado. A mão continua a alisar sua bunda e suas coxas, enquanto os beijos no pescoço, no ouvido, no ombro, nas costas continuam, seguidos e quentes.

Agora você sente lábios se comprimindo no lóbulo da orelha exposta e sugando-o, devagar, como um ritual. Lambe sua orelha, beija-a, suga de novo o lóbulo, e você se arrepia toda, parece tudo tão real.

A mão vagueia pelas suas costas até a cabeça e volta para as nádegas, firmes e leves. De novo passeia pelas costas, fazendo-lhe uma gostosa massagem.

Agora você sente que a mão imaginária levanta a sua camisola, e a boca que antes você sentia na orelha agora começa a beijar suas nádegas. A boca beija sua bunda desde a cintura até as coxas, lambendo-as devagar e lentamente, como saboreando a sua pele.

Você já está molhada, muito excitada, remexe as pernas, mas com cuidado para não acordar o marido e estragar toda a boa sensação da fantasia que parece tão real.

São duas mãos agora segurando suas nádegas, e você sente a boca se enfiar pela calcinha, a língua lambendo o rego e se deslocando até em baixo, onde começa a vagina, e voltando de novo para as nádegas até a cintura, e de novo descendo em lambidas e beijos até o início da vagina, em movimentos circulares.

Você deitada de bruços, as pernas entreabertas, e a boca enfiada na sua bunda, lambendo-a e beijando-a de cima a baixo, bem dentro do rego, provocando uma sensação insuportável de desejo e fome de ser comida, de ser fodida, de ser possuída sem limites.

As mãos agora puxam sua calcinha e a tiram pelas pernas. A sua bunda está nua. Você de olhos fechados acompanha a tudo com gemidos quase inaudíveis, para que o homem ao lado não acorde. A boca agora se concentra mais na parte de baixo da bunda, no início da boceta, lambendo e sugando com muita intrepidez.

As mãos afastam ainda mais as suas coxas e a boca vai lambendo a bunda e a vagina, passeando entre as duas, com a língua firme se fazendo sentir e provocando uma sensação cada vez mais gostosa. O desejo de gozar aumenta, e você quer aproveitar ao máximo essa sensação deliciosa.

A boca continua a chupá-la sem descanso, intensificando seus movimentos e fazendo você ver estrelas de olhos fechados. É tudo muito louco, muito bom, é tudo uma delícia enlouquecida. Você quer mais e mais. Você quer se virar de frente, quer implorar para que o pau do seu amado a penetre até o fundo, quer que essa foda se realize completamente. E a boca continua a chupá-la ainda mais e mais.

Agora você se vira e sente a boca beijar sua boca, a língua se esfregar na sua língua, e a mão pousar sobre a sua vagina, o dedo massageando você. Você se entrega com volúpia no quarto em silêncio e escuro. Você sente um dedo entrando na vagina, gosta da sensação, quer mais. Agora sente dois dedos juntos, abrindo sua boceta, penetrando até o fundo e se mexendo lá dentro. Você gosta de sentir esses dedos dentro da sua boceta, gosta de sentir que eles se mexem lá dentro com firmeza, e você tem o desejo de gemer alto, de dizer palavrões de prazer, mas sem poder para não acordar a vizinhança inteira com os gemidos de prazer.

Você abre mais as pernas para sentir a mão e dos dedos deslizarem por toda a região pélvica. Sente a boca ainda grudada na sua boca, dando beijos profundos e molhados, totalmente apaixonados e cheios de desejo.

Um dos dedos pousa sobre seu clitóris e começa a massageá-lo de forma circular e repetida. Você sente o prazer do seu clitóris remexido, e está toda molhada, encharcada mesmo, pronta para receber o pau do homem desejado, e queria até que ele tivesse mais de um pau, está tão aberta e molhada que poderia receber dois ou três paus de uma vez, todos para o seu prazer, para a sua satisfação.

Então você abre mais as pernas e dobra os joelhos, deixando a vagina exposta e escancarada. Estende a mão e imagina tocar um pênis duro e longo, com a cabeça grossa e quente, e sente o pau na sua mão, começa a massageá-lo, está duro, duro, muito duro...

Você abre os olhos, mas não há nada. Só o quarto em silêncio e a escuridão.

Mas está muito excitada, a vagina molhada, o desejo pulsando... Quer se masturbar, mas receia acordar o marido...Levanta-se, vai para o banheiro, e lá você se toca, massageia seu clitóris, enlouquecida, querendo aquele pau, querendo aquele corpo, querendo tudo que pode ser seu... E assim você goza, profundamente...

Um puta desperdício mesmo...


Mauro Velasco