Viver é vagar entre o palpável e o imponderável.
É ir e vir entre o que está a mão e o que está no sonho.
É perder-se na indecisão e achar-se em meio a um mar de dúvidas.
Seguir e parar... pensar e sentir... desejar e frustrar...
planejar e agir... chorar e sorrir... fluir e travar...
ficar e seguir... lutar e desertar... olhar e cegar...
É viver entre antagonismos.
É nadar no mar das ambigüidades.
É cercar-se de dúvidas, questionamentos, sentimentos, medos,
indecisões, caminhos, constatações...
É oscilar, ir pra lá e pra cá, numa marcação rítmica que se
movimenta pela dor, pelo sofrer da falta de definição.
É o aflito constatar de que isso é apenas vida...
é apenas o viver.
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