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Artigos-->003 - Futebol da Paz -- 14/11/2003 - 06:25 (Carlos Alcino Valadão Lopes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Era uma vez, num longínquo continente, dois reinos absolutamente iguais.

Eram tão iguais, mas tão iguais, que ninguém mais sabia quem começou a imitar o outro. O Reino do Leste afirmava que era autêntico e que era imitado pelo Reino do Oeste. Já este declarava que a história era exatamente o contrário, e que o imitador era o Reino do Oeste. A polêmica ficava cada dia pior e a guerra já era iminente, até que um dia o príncipe do Reino do Oeste, que chegara à pouco da Inglaterra, e que de forma nenhuma queria guerrear com o Reino vizinho, pois já estava de olho na beleza da princesa de lá, propôs:

- Porque não disputamos essa lide numa partida de futebol ?

O assombro foi geral, seguido de criticas ferrenhas de como o príncipe poderia sugerir tamanha blasfêmia. Aonde já se viu decidir uma coisa tão importante numa partida de futebol ? e já preparavam-se para dar como encerrada a questão quando o rei, que era puxa-saco de carteirinha do filho, sentenciou:

- Stooooop! Se meu filho acha que isso vai dar certo, nós vamos tentar. E não quero ouvir uma crítica sequer. Continue, meu filho.

- Eu já pensei em tudo. Para que ninguém leve vantagem vamos construir um campo bem no meio da divisa entre os reinos, dessa forma fica metade do campo do lado deles e a outra metade do nosso lado. Convidaremos um árbitro do Brasil para apitar e ..., pensando bem, é melhor convidar um juiz inglês e quem vencer será o dono da verdade. Agora só falta convencer o rei do Leste.

E assim foi feito. O rei do Leste, em princípio não aceitou a proposta, não por ser má idéia e sim por que partiu do reino adversário. Mas a princesa, tratou de convencê-lo, afinal ela também já estava de olho no príncipe do outro reino.

Marcada a data e acertados todos os detalhes, depois de muita discordância é claro, chegara, finalmente o dia..

Tirado o “toss”, o time do Leste escolheu jogar primeiramente no seu campo, para sentir o apoio da torcida e garantir a defesa para depois pensar em atacar. (aonde será que já ouvi essa frase ?). Obviamente o time do Oeste fez o mesmo e o primeiro tempo terminou empatado, sem gols.

Para o segundo tempo, os técnicos fizeram as mudanças necessárias, só que agora os times estavam atacando do lado de sua torcida, mas com sua defesa do lado do adversário, chutando a bola de qualquer jeito pra frente o que ocasionava um ataque capenga e por conseguinte a ausência total de perigo de gol.

E assim foi até o término do jogo e como não haviam combinado nada a respeito de prorrogação ou disputa de penaltis o jogo do desempate social acabou empatado no futebol. E já tinham dado tudo como perdido quando ouviram os aplausos das duas torcidas acompanhados pelos gritos de louvação aos seus times e clamando, ansiosos, por outra partida. Mas o mais importante foi que os governantes e assessores dos dois reinos entenderam que toda aquela manifestação de alegria era pela paixão ao esporte e não pela vaidade imbecil de seus reinos e nem tão pouco por suas ridículas ideologias políticas.

Dessa forma o futebol ajudou a acabar com aquela cisma ridícula entre aqueles dois reinos, que hoje possuem campeonatos distintos e disputam todos os anos, na mesma data do primeiro jogo a Taça Amizade.

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