Ele se move,
busca seu lugar.
Busca ocupar o espaço
que o espera,
na boca entreaberta
ou no espaço umedecido.
Ele se move,
quer ser acolhido
na boca ardente
ou no vão escorregadio.
Ele se move,
não quer se mover sozinho.
Quer que a boca se aproxime
e o envolva com desvelo,
para depois se aproximar,
e ser acolhido no espaço em chamas,
para ser introduzido no arraial de sensações
que só a paixão ardorosa pode oferecer.
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