Faço poesia entre lágrimas.
Se me vissem agora, com certeza,
Achariam-me alucinado ou coisa afim.
Não sou, e nunca serei, o que me acham.
Sou um gigante perantes aos entes
Que de mim dependem.
Uma caricatura de humanidade
Próximo aos que me cercam
E tentam me desvendar
Como se eu fosse alguém em mim oculto.
Grito, exponho-me perante todos
Que me habitam ao derredor,
E nunca sou visto ou sentido
Porque ñão sou o que esperam.
Tentam reconhecer-se em mim
Sem saberem que sou único,
Na minha insignificância
E na minha prepotência ...
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