Sinceramente? Eu não entendo o porquê de tanta demora para se prender um padre pedófilo.
Durante quase um ano o cardeal (CARaDEpAL) Bernard, sobrenome Law; que ironicamente, em inglês quer dizer; regulamento, estatuto, mandamento; encobriu várias denúncias de abuso sexual de crianças cometidas por padres, somente em Boston e, como não tinha mais desculpas para “empurrar com a barriga”, resolveu renunciar. Belo golpe, pois agora, vão ter que começar tudo de novo e o que é pior, como a palavra do padre vale mais do que a de cem fiéis, os transgressores continuam a oficiar seus cultos.
O Tal do Law é o Principal interlocutor do Papa João Paulo II nos EUA; não é a toa que os Protestantes por lá, são a grande maioria. Será que isso tem algo a ver com eles serem o país mais adiantado do mundo? Ih! Divaguei... Law é o mais importante prelado – ou seria pelado? - na hierarquia – ou “hieranarquia”- da Igreja Católica americana a cair (de quatro?) devido aos escândalos de pedofilia dos últimos meses.
O irônico, se não fosse triste, é que o Arcebispo vem a público, munido da humildade hipócrita dos falsos sacerdotes, pedir, na maior caradura, desculpas aos dois milhões de fiéis da sua diocese, implorando-lhes o perdão pelos seus erros e defeitos. Mas e as crianças molestadas? O que eles farão com os traumas que elas adquiriram, por serem fiéis à sua religião? E aos seus pais? O que dizer? Como explicar o inexplicável? Isso parece até “O Exorcista 4, 24, 69”...
Tudo começou em janeiro, com as denúncias de pedofilia contra o ex-padre John Geoghan (Georghasmo) que apesar de ser acusado de abuso sexual de crianças, que era do conhecimento da arquidiocese, foi transferido seguidas vezes para outras paróquias, aonde continuou a molestar crianças.
Há casos de um padre que tem dois filhos, outro que trocava cocaína por favores sexuais de meninos e um terceiro que estuprou adolescentes que estudavam para se tornar freiras. Tá bom, ou quer mais?
Estes “padrófilos” abusaram daqueles que têm amor pela fé, usando da fé para que lhe fizessem amor.
O bi-Law que tem 71 anos, deixa o arcebispado, mas continua sendo cardeal, o que lhe dá o direito, até completar 80 anos, de continuar, apesar de tudo, no seleto círculo de prelados que participa da eleição de um novo Papa. O “cara” não consegue tomar uma decisão sobre um caso gravíssimo de abuso infantil e pode decidir quem será o próximo Rei do vaticano!
Segundo afirmação do procurador-geral do estado de Massachusetts, Thomas Reilly, a direção da Igreja Católica em Boston tinha um esquema para ocultar da polícia os casos de abuso sexual, tendo outras pessoas envolvidas, cujo rastro poderá levar até mesmo à Santa Sé. Afirmou, ainda, que mais gente sabia, outros bispos, talvez até mesmo o Vaticano.
A “Banda Podre” da Igreja está dificultando ao máximo o trabalho investigativo do Procurador-Geral, obviamente apadrinhado por interesses politiqueiros de alguém ou “alguéns”, os quais eu nem me atrevo a imaginar. Tem ateu aproveitando para ironizar: Mas que Boston, eles só querem AMassachusetts!
Os evangélicos tupiniquins estão adorando. Alguns pa$$$store$$$, da “FÉnanceira”, já estão utilizando, em $eu$ $ermõe$, os acontecimentos e os “aconteciaumentos” para denegrir a Instituição da Igreja, juntando, no mesmo “saco”, todos os párocos, o que é uma tremenda injustiça, mas sem sombra de dúvida uma excelente estratégia de marketing. Covardia é espalharem que o novo ditado popular é: Ajoelhou tem que “ré-dar”
Será que a Igreja não está percebendo que, a sua cumplicidade nestes casos só está ajudando a aumentar as suspeitas milenares que recaem sobre ela própria e, até de certa forma, justificando-as?
E ainda dizem que na Maçonaria é que se comem criancinhas!”
É um tremendo “tiro no pé”, ou melhor dizendo, é um tremendo “tiro no Papa”.
Saiba mais sobre a crise na Igreja dos EUA
O escândalo que provocou a renúncia do cardeal Bernard Law começou no dia 6 de janeiro, quando vieram à tona os abusos sexuais cometidos pelo padre John Geoghan em diversas paróquias de Boston. A arquidiocese recebera denúncias sobre a conduta de Geoghan, mas, em vez de investigá-las, preferiu trocar o sacerdote de paróquia diversas vezes. Outras crianças foram molestadas pelo padre. Três dias após o escândalo, Law anunciou uma política de tolerância zero em relação a abusos sexuais cometidos por padres na arquidiocese. No fim do mês, já se sabia que a Igreja encobrira denúncias contra 70 padres. Em 21 de fevereiro Geoghan foi condenado a dez anos de prisão por apenas um dos casos.
Em abril, o escândalo ganhou novo impulso. Documentos que vieram a público no dia 8 mostraram que funcionários da arquidiocese transferiram o padre Paul Shanley — que abusara de crianças — de paróquia, assegurando que ele não tinha problemas no passado. No dia 12, Law foi ao Vaticano, mas teve um pedido de renúncia negado pelo Papa.
Em maio, Shanley foi condenado por estupro de crianças. Em setembro, a Arquidiocese de Boston firmou um acordo pelo qual terá que pagar US$ 10 milhões para 86 vítimas de Geoghan. Incluídos todos os casos, há 450 denunciantes.
Em novembro, a arquidiocese anunciou a possibilidade de pedir concordata para poder pagar as indenizações. No último dia 3, novos documentos liberados chocaram a opinião pública e fizeram com que Law viajasse domingo para o Vaticano, onde permaneceu até renunciar, ontem.
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