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Artigos-->016 - Fome Zero -- 14/11/2003 - 06:35 (Carlos Alcino Valadão Lopes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pera aí.

Sou eu que estou insensível ou realmente tem algo de podre na República das Bananas ?

Sim, porque estou me sentindo como um “traidor da pátria”, um “Judas Iscariotes”, um “Marcelinho Carioca”

Mais frio do que a Groelândia no inverno.

Mais calculista do que o projeto petrolífero de Bush no Iraque.

Será que fiquei caduco e a família nem sabe ?

Só não posso ficar mais chato do que o Itamar Franco, porque senão nem eu me agüentaria.

O fato é que não consigo me solidarizar com a propaganda televisiva, na qual o atual governo me “intima” ou intrinsecamente ordena, na forma de uma lavagem cerebral, a contribuir para a erradicação da fome no país, como se isso fosse minha obrigação, não bastasse ter que sustentar os “adotados” impostos: federais, estaduais, municipais e marginais; ter que alimentar o “Leão” lá da “fazenda”, nutrir as taxas e sub-taxas, tais como as propinas, as gorjetas e os “por debaixo do pano”, além é claro de dar o “de beber”, a tal da “cervejinha”, para que aqueles que têm a obrigação de fazer, façam de forma correta, o que deveriam fazer, pois para isso são pagos.

Um dos lixeiros da minha rua vive me pedindo um “troco” e mesmo depois de minha constante negativa, continua insistindo, todas as terças, quintas e sábados. Minha esposa Virginia, que é sempre muito calma, já está começando a se irritar com os “Amiguinha-me-dá-um-real”, às vezes até inflacionado, para dois, cinco e até dez.

O Governo não precisava gastar uma fortuna com campanha publicitária, bastava mandar um convite personalizado para os 5% da “Classe “A” (Alta), que são o$ Mega-Empresário$, o$ Coronéi$, o$ da família “Azul-Marinho”, o$ Bilionário$, o$ Milionário$ & Zé Rico, é $ó US$; um e-mail para os 10% da “B+” (+Beneficiados), que possuem computador, tipo empresários, políticos, jurídicos, funcionários das Estatais, do Banco do Brasil, da Petrobrás, cartolas e craques de futebol, entre outros; e um simples bilhete para os 15% da “B-“ (- Beneficiados), grampeado nas contas de luz. Os 70% restante são o somatório, das antigas classe “C” (Conformados), “D” (Desesperados), acrescidos as novas classes imergentes, “E” (Empobrecidos) e “F” (Fu...piiiiiiiiiiiii), que agora fazem parte do mesmo “saco”, vazio, ou seja a sub-classe “M” (Miseráveis).

Dona Amandina, minha vizinha ranzinza, esposa do seu Julião, gente boa mas ruim de abrir a mão, ouviu meu comentário na banca de jornais e imediatamente voou sobre mim como um Helicóptero Apache e bem antes que eu me pusesse em abrigo anti-aéreo, lançou-me uma daquelas bombas, de frases-feitas:

- Queria ver se fosse você que estivesse passando fome, ou alguém da sua família.

Já me preparava para sair dos “escombros” e retrucar, quando fui salvo por seu marido.

- E tu ? Também não vai fazer nada, porque eu não vou dar o meu rico dinheirinho, ganho com muito suor, pra sustentar projeto social do governo. Manda ele pedir, pedir não, tomar de volta o dinheiro roubado pelo Juiz Lalau, pela Georgina, pelos superfaturamentos que dá pra encher muito bucho. E por falar nisso, deixe de fuxicar a vida dos outros e vai tratar do meu “de comer”, que é o que nos interessa.

Sem querer seu Julião, que tomou minha posição mais para salvaguardar seu numerário do que propriamente opor-se ao governo, acabou criando uma teoria bastante interessante. Se é ele, assim como todos nós chefes(as)-de-família, que temos de prover o sustento dos “nossos”, então cabe ao chefe-do-governo, providenciar alimentação aos seus “filhos” mais carentes.

Como último recurso poderiam recorrer, talvez até quem sabe, aos Duques, Marqueses, Condes e Barões do “Pó”, e eu sugiro até o slogan: “Os de origem nada nobre ajudando a todo pobre”.

Ih! Viajei ...

Perdão, Mauro Rasi, aonde quer que você esteja.

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