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Artigos-->021 - Mordomia Bandida 2 - A Comprovação -- 14/11/2003 - 06:40 (Carlos Alcino Valadão Lopes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há algum tempo atrás, escrevi nesta coluna sobre a Mordomia dos nossos presídios, no que diz respeito a criminalidade “legal” de seus diretores e funcionários. Pois bem, pensava eu ser uma crônica de ficção, mas fui irremediavelmente contestado por fatos recém descobertos.

A mordomia que seria em principio, encarcerada, funciona realmente e já tem adeptos, renovadores e espiões.

Os “Adeptos” localizados nas cadeias de pequeno e médio porte, nos Centros de Detenção Provisório e em alguns presídios; continuam utilizando e oferecendo serviços de telefonia “cela-lar”, para elaboração, execução e administração dos seus negócios escusos. Somente os “serviços” nos Presídios de Segurança Máxima estão momentaneamente parados para “reforma e manutenção”, devido aos bloqueadores de celular, por enquanto ainda não subjugados por uma parafernália eletrônica qualquer ou por alguma coisa mais simples, tipo aquela tinta que cega os radares do trânsito.

Na categoria dos “Renovadores” vamos encontrar aqueles “gênios” que aproveitam uma idéia inicial e a melhoram consideravelmente, incluindo tecnologia de ponta, importada de aparelhagens de funcionalidade benigna, transmutando-as em ferramentas de uso marginal. É o caso da “CTC - Central Telefônica Clandestina” usada por presidiários, que funcionava numa casa perto do Morro da Coroa, no Catumbi, bairro do Rio. Os detentos usavam o serviço tanto para conversar com parentes, como para tratar de assuntos de suas quadrilhas, tipo compra de drogas e armas. Cada ligação custava R$ 3 e o valor era pago por parentes dos bandidos. Tudo muito organizado e profissional.

Mas a “coqueluche” do momento é, sem sombra de dúvida, a “espionagem carcerária”. Trata-se também de uma Central Telefônica mas, com outra finalidade, a de interceptar os telefonemas dados pelos chefes das gangues para seus subalternos e de posse da informação precisa de data, hora e local da atividade criminal, os “James Bonds” do crime, esperavam tranqüilamente que os bandidos fizessem todo o serviço pesado para logo depois entrarem em ação, roubando o roubo. Aliás essa foi a justificativa de um dos descobertos:

- Pô, “Dotô”, só tava seguindo a lei: “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”.

O Outro, um pouco mais esclarecido, alegou estar obedecendo ordens do ministro:

- Tá na manchete do jornal: “O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional defende escuta telefônica”.

O interessante é que, fora a prisão recente destes “007´s", o plano era muito bom, pois sabedores de como e quando iria se efetuar a transação, eles planejavam a forma de “chegar junto” e se dar bem.

Curioso é como que a polícia não pensou nisso antes?

Mistério!!!



Por falar em renovação de idéias e solução para os problemas sócio-econômicos que afetam o país, um senhor de 62 anos foi preso em frente à Biblioteca Nacional, em plena luz do dia, na avenida Rio Branco, no centro da cidade do Rio de Janeiro, comercializando papelotes de cocaína. Repreendido pelos policiais que o prenderam alegou que estava somente “complementando a sua aposentadoria”.

Será essa a solução para os aposentados neste país ?

O que farão, então, os milhões de desempregados ?

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