Augusta é uma dama da sociedade paulistana. Casada com Dr. Anísio, sócio em um promissor escritório de advocacia, especializado em Trust (abertura de contas no exterior com a finalidade de partilha de bens). Dr Anísio, está beirando os cinquenta anos, e Augusta tem quarenta e oito anos. Os dois formam um belo casal. Augusta é sócia em uma boutique que atende a socialite paulistana. Em seus negócios, eles não tem do que se queixar. Casados há 30 anos, mantém sua vida pessoal equilibrada, tando financeiramente quanto emocionalmente. Os dois filhos são advogados e trabalham no escritório do pai, e já estão pensando em tomar outros rumos da advocacia, com todo apoio da família.
É claro que o cotidiano, enfraquece o sexo num casamento, e o esforço pra manter as velas acesas são realmente muito grandes, apesar de Augusta e Anísio, não se queixarem para os seus confidentes, pelo contrário, sempre que o assunto é esse a resposta é comum: - Nos damos muito bem.
Até certo dia, em que Anísio conheceu Angélica, gerente de uma joalheria, onde fora comprar uma joia de presente para Augusta.
Angélica mostrou-se bastante prestativa, pois, treinava uma nova funcionária, e tudo aquilo deveria ser bem corriqueiro, não fosse o cruzamento de olhares, em que, imediatamente, um olhou a alma do outro.
Angélica é solteira e tem 36 anos. Anísio despiu-a com o olhar. Branca, cabelos corte chanel, olhar profundo, sorriso nos lábios, voz delicada, e pra completar, um decote e umas pernas, maravilhosas.
Anísio enlouqueceu. Comprou a joia, com a promessa de que voltaria e deixou um cartão de visita com Angélica, e com um sorriso sedutor, disse que voltaria para comprar com ela, porque tinha adorado seu atendimento. Pediu o telefone da loja e Angélica lhe deu seu cartão.
No dia seguinte, Angélica recebeu um arranjo de flores com o seguinte bilhete: - Angélica, Agradeço o excelente atendimento. Gostaria de lhe ver novamente. Aceita tomar um drink comigo no final da tarde?
Angélica ficou gelada. Nesses dez anos de serviço, naquela loja, nunca havia acontecido algo assim, mas, sentiu-se muito bem com o galanteio. Ficou temerosa, pois imaginou se tratar de algum golpe ou alguma intenção ruim por parte daquele homem, mas ele era tão bonito, e ali perto, havia uma cafeteria tão elegante, que não haveria mal em tomar um café, ao invés do drink proposto.
No verso do cartão havia um celular, pedindo que desse a resposta.
Destemida, Angélica ligou para Anísio, que atendeu com uma voz firme e grave, que lhe arrepiou a nuca.
-Olá Angélica, eu tinha certeza que ligaria...
...essa história continua num outro capítulo... |