Ele chegou um tanto receoso e bateu na parede pra ver se alguém sairia de lá. Avistou ao fundo, uma luminosidade tímida que fluía com o vento que partia da extremidade do túnel. Talvez fosse mesmo um túnel, ou qualquer construção da natureza que serviria de uma amostra de tela para pintura. Parou, olhou ao fundo e nada havia, salvo o caminho que o levasse ao outro lado do túnel ou da tela. Pouco se importou e pós-se a caminhar até o outro lado sem perceber que o lugar de onde estivera, sumiria de vez da tela do olhar mais curioso que tivera. Se tivera. Não seria bem a curiosidade, já que não havia enigmas, mas a vontade de transpor a si próprio a outra margem do limite.