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Poesias-->REFLEXÕES BANAIS -- 23/12/2001 - 11:52 (Alaor Tristante Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sim! Eu acredito no amor!

Eu também o senti e por ele vivi.

Não sei dizer, ao certo, o que é.

Não sei se é o início, o meio ou o fim.

Só sei que chegou voando ou a pé.

Vagarosamente penetrou em mim.

Não usava óculos, sequer tinha olhos.

Sim! Eu acredito no amor!

Ele talvez seja a própria vida.

Mas o que é vida? Se vida for

A capacidade de se reproduzir,

Então... amor possui alguma coisa

Relacionada com a perpetuação da espécie.

Sexo? Há diferença entre sexo e amor?

Não! Sim! Talvez. Eu amei e não fiz sexo.

Outras vezes fiz sexo e não amei.

Outras ainda nem amei nem fiz sexo, só olhei.

Entretanto, por alguma razão do destino,

Em nenhuma delas me realizei.

Por um momento penso que só o sexo

Materializa o amor e vice-versa.

Amor sem sexo, sexo sem amor, é vida sem vida.

Somente o fruto de uma relação

É que dará a felicidade por final.

Esse fruto representado pela junção

Do espermatozóide com o óvulo.

Sim. Eu acredito no amor!

Porque o fruto vem de mim ao mundo.

Morrerei sabendo ter produzido algo.

Plantei-o e fi-lo semelhante a mim.

Com uma mulher bela nasceu belo também.

Mas por que fugir do assunto original?

Sim! Eu acredito no amor!

Tenho fé sem ser religioso ou espiritual.

Não creio em deus porque creio no ser humano.

O homem cria. Deus é criado. E o mundo

Caminha com o homem sendo levado só, muito só.

E o pior! Do nada a lugar nenhum.

Sim! Eu acredito no amor!

Amor é a vontade eterna de existir.

Sexo é o modo pelo qual ainda existimos.

O ser humano sabe o que faz.

Sempre soube que precisava criar para sobreviver.

Então cria, dá, berra, come, vende e empresta.

Trabalha, reza, coça, ama e odeia.

Faz amizade e mata a sua própria amizade.

E pensa que vive mas vegeta. Simplesmente existe.

Quando morre deixa herdeiros.

Quando morre alguém finge saudade.

Algumas lágrimas rolam no momento final.

Mais tarde já não se lembram dos mortos.

Herdeiros? Quem sabe a última alegria!

É também a última gota da bestialidade.

Mas, geralmente, vai feliz sabe lá pra onde.

Coitado daquele que não deixa herdeiros!

Vai triste sabe lá pra onde. Muito triste!

Antes que sejam da miséria, mas herdeiros...

Sim! Eu acredito no amor!

Amor é sexo. Sexo é vida. Vida é vida.

Sim! Também acredito na vida!

Outrora amei uma mulher. Só amei.

Fui infeliz! Primeiro foi um olhar.

Depois um toque sem querer.

Um abraço de ocasião. Um suspiro sem perdão.

Numa manhã, o beijo úmido.; à tarde, o seco.

Dias depois as mãos já corriam sobre os seus seios.

Quis chupá-los ferino. Fui interrompido pelo sino.

Acabou! Nada mais restou do nada que ficou.

Naquela época imaginava amá-la como mulher.

Detestava-a como fêmea. Não era bonita.

A bunda seca. Os peitos caídos. Amava-a como mulher.

Um erro, só um erro. Na verdade, amava-a como fêmea.

Uma fêmea reprodutora. Detestava-a como mulher.

Fria. Volúvel. Antipática. Um corpo sem alma.

Alma sem corpo. Simplesmente mulher.

Sim! Eu acredito no amor!

Seria um prazer transar com aquele corpo magro.

Não seria uma felicidade. Só o prazer existe.

Sexo é prazer. Amor é prazer. Vida é prazer.

Vem e vai. Nos envolve e nos deixa. Volta.

Vai e vem. Felicidade só se encontra em deus.

Eu não acredito em deus. Eu não sou feliz...

Só tenho prazer. Busco prazer. Vivo prazer.

Eu não preciso da maldita felicidade...

Sim! Eu acredito no amor!

Todavia, é sarcástico e desleal.

Quando amei jamais fui amado.

Quando não amei sempre fui amado.

Persegui meu sonho de infância

E fui traído e traí compulsoriamente.

Mas nada disso tem importância.

Eu beijava-a à tarde, alguém beijava-a à noite.

No outro dia, entretanto, sua boca estava no lugar.

Sorria-me com aquele sorriso de piranha.

Então... eu beijava-a suavemente...

Sim! Eu acredito no amor!





ALAOR TRISTANTE JÚNIOR

alaorpoeta@ig.com.br







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