Nem sempre a vida segue rumos que gostaríamos, mas sim, caminhos ocultos, que só o tempo pode determinar.
Todos do hospital sabiam o quanto Luis, um enfermeiro recém-formado, admirava e amava Rosa.
Ah! Que moça era Rosa! Independentemente do que tinha que fazer, estava ela com um sorriso aberto. Mas algo a entristecia.
Luis sempre a via no hospital, apesar de não saber o porquê da frequência dela ali, sentia uma vontade tremenda de conversar com ela, expor seus sentimentos que, há tempos era guardado dentro de si. Porém, a vergonha, o medo, a ansiedade o bloqueavam.
Médicos, enfermeiros, pacientes percebiam também que Rosa gostava de Luis. Foi quando, numa manhã, os dois se encontraram na sala de espera do hospital e Luis teve coragem de falar tudo. Não acreditava no que estava acontecendo, esperando a resposta de sua amada.
E a resposta veio, mas não como imaginava. Não entendia como Rosa não aceitara suas declarações, pois via em seus olhos o amor por ele.
Rosa, sem jeito, tentava se explicar, mas não conseguia, até que viu seu pai, o Sr. Alcir, entrando na sala onde se encontrava. Isto a deixou ainda mais nervosa. Alcir há tempo não aparecia por lá, estava indo ao encontro de sua esposa, que por muitos anos estava em tratamento no hospital.
Naquele momento, Luis concluia o porquê das visitas ao hospital, do motivo que ela dizia que sua desgraça a impedia de ser feliz ao lado dele.
Alcir culpava sua filha do sofrimento de sua mãe, que, desde o parto dela teve problemas de saúde, perdeu o útero, e agora os médicos diagnosticavam um canêr. Como Rosa cresceu ouvindo injúrias do seu pai, tornou-se uma moça remorsos, culpa e solidão, mesmo sua mãe dizendo que a culpa não ea dela. Quando mais precisou do pai, ele a ignorou, e isto mudou seu modo de ser e de agir.
Mas Luis não desistiria, teria agora uma vontade maior de ter Rosa consigo, tentando reanimá-la através das coisa boas que a vida também poderia oferecer nem que fosse para o tempo determinar a hora exata. O arrependimento de Alcir... |