Te espero,
dentro das noites mornas,
embalada em cobertas, almofadas.
Chegas de longe
cansado da viagem,
no entanto,
não tão cansado,
que não possas antes de tudo
me tomar num beijo quente,
aninhando meu corpo em teus braços,
num gostoso emaranhado que me faz tremer.
Com a voz quase inaudível
dizes no meu ouvido.
-Espera, volto já!
Depois do banho,
me tomas novamente,
embaixo das cobertas,
e mesmo sem me ver despida
sentes meu calor.
Fazemos então o amor da chegada,
antes que logo chegue
uma nova da partida.
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