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Erotico-->SONHOS ARDENTES 2 (MAURO E VALENTINA) -- 15/07/2016 - 17:05 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


MAURO VELASCO E VALENTINA FRAGA, SEMPRE SE FUNDINDO DE ALGUMA FORMA. OBRIGADA





SONHOS ARDENTES 2








Na noite,


mergulhada em sonhos indecentes,





(eu te imagino transparente, entre os lençóis,


roçando as pernas entre si, tocando seu próprio sexo,


eu te imagino a imaginar nossos corpos enroscados)





chegava primeiro o teu perfume,


antes mesmo que a névoa


se dissipasse,


pra deixar ver tua imagem.





(a minha imagem trêmula, de desejo e incertezas,


entre o querer e o não poder querer,


aproximando-se devagar enquanto


é o teu perfume que alimenta o meu)





Sentia o corpo trêmulo


pela expectativa do momento.





(ah, quanta espera, quantas lembranças,


quanto desejo contido,


quanta vontade recolhida,


quanto sonhos indecentes na mente)





Não demorava, pra que tua imagem


tomasse todo o quadrante


e o calor do teu corpo


tocasse meu corpo,


com a intimidade de costume.





(Sim, aquela intimidade


que faz meu corpo se aproximar


mesmo após tanto tempo


como se simplesmente estivesse voltando para casa)





Tuas mãos tateavam minhas formas,


meus cabelos, meu rosto,


até a chegada dos teus lábios nos meus.


O beijo aguardado, iniciava, tímido, a jornada,


a vasculhar milímetro a milímetro,


minha boca, até o meu céu.


a saliva era abundante,


enquanto minhas partes,


úmidas de desejo,


aguardavam tua chegada mais íntima.





(vasculhar-te, remexer-te, desarrumar-te, sondar-te,


descobrir-te, revirar-te, revolver-te,


invadir-te, dedilhar-te,


apalpar-te, desnudar-te, tatear-te,


mapear-te, desfolhar-te,


percorrer-te, penetrar-te, possuir-te, desfrutar-te)








Ainda por cima de tantas roupas,


sentia o pulsar do sexo teso,


à espera, pra mergulhar


no mais íntimo dos mundos,


o mundo das minhas entranhas


que aguardava sedenta,


despudorada, afoita e saudosa.





(o alpinista teso faz o caminho inverso,


pois escala teu corpo, mas não para cima,


escala teu corpo para dentro,


o alpinista erguido e duro,


não escala para o alto,


escala teu corpo para o fundo,


o alpinista segue entre a umidade viscosa


para dentro e fundo,


no mais íntimo dos mundos,


palmo a palmo da profunda intimidade)





Ali, se misturavam dois universos,


duas histórias, duas vidas,


em milésimos de energia dispensada,


despejada no intenso gozo sobre o outro,


pra que cada qual guardasse


da melhor forma na memória,


para depois,


poder sonhar.





(dois universos, duas histórias,


duas vidas


em paralelo


na contramão


contra a corrente,


mas que sabem se achar


e se reconhecer


e juntos,


no cenário do escritório no prédio,


ou da cama no motel,


sabem fundir-se, forjar-se, foder-se,


e extrair gozos imensos


de poucas horas que, depois, na mente,


se eternizam por meses sem trégua.)


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