Leio e releio.
É o jeito de tê-la, entre obstáculos e proibições.
Beijar os versos.
Abraçar os textos.
Gozar com os contos.
O jeito de senti-la por perto.
Também as mensagens trocadas
possuem a poética do desejo e da paixão.
Versos, textos, contos que são o retrato de corpo inteiro,
de inteira alma, da artista que relata o que sente e vive.
Leio. E releio. E releio. E releio.
Vejo e revejo as fotos.
Os enfoques das partes que se oferecem.
A tudo guardo como relíquias de vida.
De vida pulsando.
Da arte do encontro entre homem e mulher.
Vejo. E revejo. E revejo. E revejo.
E relembro o vídeo enviado.
Sim, relembro que o fiz e enviei.
Mas falta um.
Aquele.
Ainda não feito, nem remetido.
Aquele vídeo prometido
do vulcão em erupção lançando a lava quente.
Ainda não gravado.
A erupção do vulcão
só está gravada na memória.
A lava quente lançada para dentro da fenda penetrada.
Lembra ainda?
Ainda sente?
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