Natal dia desigual.
Autor: Daniel Fiuza
23/12/2001
Um dia de comida farta na mesa,
Tudo muito lindo uma beleza,
E nada no coração.
Dia de muitos presentes,
Dia de muitos contentes,
Outros tristes e infelizes.
Data chamada de festa,
Onde seu amor se testa,
A quem ele vai amar.
Dia de muita euforia,
De fartura e alegria,
Mas não é pra todo mundo.
Um dia se come demais,
Bebe-se sem ser capaz,
Um dia enganador.
A quem se vai homenagear,
E o que se vai festejar,
Em nome do quê, e praquê?
Enquanto uns ganham lembranças,
Comem muito e fazem danças,
A fome em outros é a esperança.
Uma criança ganha muito mimo,
Outra não ganha nem arrimo,
E sofre sem nada entender.
Que dia é esse de desigualdade?
Que noite é essa de infelicidade?
É o famoso dia de natal,
Um dia tão feliz e desigual.
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