A seriedade não leva muito a sério a vida. A propósito, o que é sério diante da vida não tem espaço dentro da seriedade. De sério na seriedade, só o bom senso que vez em quando resolve dar um chá de sumiço. Nem o bom senso aguenta tanta seriedade e perece que resiste a ideia de crescer. Já pensou quanta chatice haveria se somente existisse a seriedade? O bom senso combina mais ao mundo infantil sem a pejoratividade da infància que permanece na seriedade de alguns adultos. O adulto por vezes adulterado por conta do auto-adultério, inveja a criança que na simplicidade de ser bruta, livre é. O adultério contra si vai lapidando aquele projeto de gente que, com o passar dos anos líquido vai ficando. Esse líquido então, passa a fazer parte do convívio com os demais projetos que, da mesma forma foram fluidificando a sua existência. E daí todas as formas de interação passaram a ser líquidas e por isso mesmo, a essência evaporou. O insípido predominou e os projetos só conseguem realmente vingar quando dão um último suspiro rumo ao silêncio.