A boca vermelha procurava o beijo,
e por um instante de total insanidade,
se abria,
e entredentes, de perto, a língua se via,
buscando o alvo, a meta,
a outra boca
que de longe se exibia.
Olhos nos olhos,
olhos na boca,
e o vermelho encandecia,
como o tórrido sol do final de tarde,
a procurar abrigo entre as montanhas,
se escondia.
Olhos que te quero olhar,
boca que te quero beijar,
língua que te quero sentir,
nesse lindo e sedutor avermelhar.
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