"Estive pensando (e penso muito sobre tudo) nos nossos primeiros contatos no "velho ICQ", ocasião em que seu "lindo espirito encarnado" me foi apresentado por Meialua, da qual sinto muita falta, e onde me envolvia com suas páginas belas que sempre me enviavam. Nessa época, você e Meialua eram figuras constantes no meu ICQ, onde sempre, uma ou outra estavam presentes.
Meus versos sem rima e minhas prosas sem leme, desabafavam minhas preocupações e minhas perdas irreversíveis. O tempo foi passando e me arrastando junto como folhas imprescindíveis por fazerem parte inseparável dessa longa jornada de vida. Depois, um afastamento para refazer novas energias e as velhas amizades voltaram a fazer falta...

Procurei Meialua, não achei. Não queria perdê-la de vista e ainda não a encontrei. Procurei você, que naquele tempo usava o pseudônimo "Bi@"... agora Milazul... Sinto-me alegre em tornar a ver, ouvir e ler essa amiga de sempre.

Passados treze anos, meu espirito se alegra de não ter perdido esse contato. É difícil as amizades virtuais (ou espirituais) durarem tanto tempo. Mas foi bom e há de durar muitos anos mais. Já estou beirando os oitenta anos, que pelos dados estatisticos, chamam de "velhice" e para os corações caridosos "terceira idade".

Somei experiencias, lutas, sacrificios, cansaços. Somei também bom humor, somar sofrimentos e diminuir-lhes o tamanho. Mas não perdi a vontade de manter os amigos, ainda que poucos, mas valiosos.

Milazul...

É sempre bom te ler. Inscrevi-me no site Usina de Letras e recebo todas as tuas poesias e outros estilos... Na verdade, o motivo deste e-mail é desejar-te que este ano que se inicia traga muitas alegrias e a veja manter esse espirito alegre que é uma de suas caracteristicas. Teu estilo atual está mais leve "como o perfume de um Jasmim do Cabo" !

Atenciosamente
Ivan Cannobietti Leal"

Quando espíritos se afinam, o tempo se encarrega de reuni-los para, juntos, da forma que der, seguirem a missão de melhorar a si mesmos e o mundo... Se tantas alegrias não tivesse ao longo desta minha vida de "escritora amadora", somente esta carta que recebi já teria valido qualquer esforço... Obrigada, Ivan, por me ter encontrado... Você, mais que virtual, é o amigo fiel das borboletas no casulo... Lembra?...