Ali havia um rio bem antes do homem que ali se instalou e seu curso alterou. Nele costumava haver peixes a nadar no sentido da correnteza com destreza. Dali, saia o peixe nosso de cada dia, mas o rio secou e a terra veio à superfície. O sertanejo encarou a nova paisagem e ficou a imaginar o que antes havia. Se viu vulnerável e presenciou o gato do mato vindo em sua direção com muita sede. O animal, levantou a cabeça com a boca aberta e sem forças, resolveu sentar e olhar o mesmo cenário. Olhar perdido dos dois seres que não tinham mais o que fazer a não ser, procurar outras margens mais acolhedoras. O choque ambiental pertencia mais ao animal, pois o sertanejo por isso já esperava. Pegou então a enxada e começou a trabalhar a terra na esperança de que a natureza não o decepcionasse na espera pela chuva. Ela não o decepcionou e fez cair sobre a terra arada a tão desejada chuva que misturou-se à s lágrimas de alegria do homem esperança.