Tudo ali era penumbra que além de tudo, havia o nada por entre os espaços deixados pelo tudo. Mas então, o tudo jamais podia ser o suficiente, posto que deixava brechas aqui e acolá. No mais, era o tudo quem fazia a festa e o nada ficava no canto observando atentamente a euforia de tudo a fora. Não sei o que mais surpreende além de tudo que o tudo é capaz de fazer. Tudo é muito relativo e pode ser simplesmente o nada na vida de alguém. Mas quem minha nossa, poderia dispor de tudo que o tudo oferece e ainda continuar com o nada a incomodar? Seria então, o viver além do limite cujo o nada não consegue firmar presença? Bom, voltemos então ao nada com tudo e nos sentiremos mais confortáveis com tudo em volta e ao lado do nada. Tolice discutir o tudo e o nada já que sempre estiveram ali na visão limitada que não consegue ver além de tudo que se apresenta. Então, há que se dizer: " Viva o além!", mas antes de tudo viva. Sim, o viver é o tudo e o nada e pode-se viver muito além disso tudo que o cerceia impedindo-o de ir além. Vamos ao além! - sussurra o pensamento. Iremos sim, sem o nada que garante a liberdade de ser sem o sê-lo em vão. Deixar tudo para continuar a ser com o nada que me permite várias possibilidades, além de ser somente uma mera figura disposta ao chão formando apenas um àngulo. Ser paralelo também pode ser fascinante, desde que alcance o infinito e que por isso mesmo é mais perpétuo e interessante.