Mundo, que mundo é esse em que tudo é tão vulnerável e tão passageiro. Nada aqui é intenso, a não ser as ambições de ser e em tudo tirar vantagem. A efemeridade torna tudo tão superficial, sem intensidade ou razão de ser e o mundo vai cada vez mais regredindo e de volta à caverna, trancam-se sonhos e ilusões são sepultados. Poupa-se e preserva-se o vazio alienado na cultura da aparência sem cor, sem vida. O ideal, passa a ser pragmático no jogo de uma vivência surreal que faz a existência estar, e o ser fica preso ao eu no mais intenso e quase inatingível "poço" humano. Protegido pela rocha de visual, o "poço" passa então a agir sob pressão de ser cada vez mais enterrado ao centro do eu terra, nessa terra tão rica e tão pobre de gente ser. Compaixão e respeito embrutecem e a existência vai ficando vegetativa num processo de agonização por ausência de sentires.