O ser humano vem ao mundo através da primeira morada que deixa nele registros marcantes. Ao sair do útero, a primeira reação que se tem é o choro por ter perdido seu lugar dando início a uma série de frustrações que terá que enfrentar ao longo da vida. Não todos, mas alguns aproveitam cada frustração e tomam para si um grande aprendizado através do qual proporciona o amadurecimento. Outros, recusam o despejo e teimam em ver o mundo do seu útero. Tomam para si, as verdades consigo gestacionadas e não admitem sequer algo que discorde de suas crenças que devem prevalecer em seu empírico universo. Fazem do mundo cá fora, seu umbigo e seu útero. Apreciam mais a discórdia do que o entendimento das diferenças que no mundo existem, não permitindo uma interação harmoniosa dentro desse imenso ambiente que é o mundo com riquezas de oportunidades que aprimoram o ser e sua essência. E por não admitirem esse novo ambiente como moradia compartilhada, revelam e rebelam-se na prisão do eu, impondo assim sua história e suas verdades que já não combinam com a realidade da vida que é viver e se submeter à lei da existência, onde o respeito deve prevalecer.