Não poderei jamais compreender
O brilho que se esvai daquele olhar
Nem fazer morrer pois não fiz nascer
Este doido amor que me faz chorar.
Quem me dera deixar de ser sempre
Um mero escravo daqueles caprichos,
Viver mesmo absorto, incoerente,
Vulgar e impróprio como um lixo.
Sei o que gosto, sei o que quero,
Mas se querer é poder, juro meu deus,
Pelo céu, pelas estrelas, eu não posso
Conquistar nem esquecer aquele sorriso,
Belo, oblíquo, que um dia, desvairado,
Pensei de inferno transformar em paraíso.
ALAOR TRISTANTE JÚNIOR
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