Nenhuma mobília, não fosse um sofá rasgado ao canto da parede. Ali, descansava o corpo ao final do dia e sonhava com os olhos abertos e fixos. Da janela, ouvia-se o barulho dos carros que passavam em alta velocidade e faziam o sobrado respirar a fumaça tóxica.
Olhava da janela e acompanhava de perto a vida que trafegava dentro daquelas máquinas e respirava dando conta da fragilidade. Olhava ao redor e não via o mistério à volta. Voltava à janela e a vida continuava sem data pra acabar.