De pastor de ovelhas a pescador, não demorei muito pra aprender a usar a vara de pesca. Sempre tive o hábito de pescar desde criança. Minha mãe na cozinha a temperar a carne e eu prontamente a colocar o refugo da carne. Colocava tudo num saco e ia em direção ao dique que ficava por trás de casa. Varias pescadores profissionais e somente eu de criança a enveredar por esse mundo da pescaria. Nunca pescava nada, a não ser a mordida da moreia que sempre ficava com a isca. Voltava pra casa e novamente, a minha mãe me dava mais isca. E lá estava eu num ciclo vicioso de pesca e paciência. Paciência que atualmente estou empregando nas homilias dos pecadores vulneráveis à pesca dos espertos de plantão. Minha bengala será sempre a vara que nunca me deixará na mão e servirá para garantir que os fiéis não travem discussão pesada a cerca de quem mais pesca. E de pesca em pesca, vamos pescando sempre com um olho aberto e outro fechado.