A noite chega e Rafael ainda não
sabe como abordar a mãe sobre o estranho homem que encontrou à tarde. Ele já
juntou as peças do quebra-cabeças e praticamente tem certeza de que a estória
que os pais lhe contaram é fictícia e que ele, provavelmente, foi gerado por
algum jogo de sexo no qual seus pais devem ter se envolvido quinze anos atrás.
Mas como isso teria sido posto em prática? É um pensamento até interessante,
quase como que justiça poética, pensa ele, que ele tenha sido resultado de
algum adultério de sua mãe ou de alguma espécie de jogo erótico no qual eles
possam ter se envolvido ou apenas dona Julia, sem o consentimento do marido,
que só teria descoberto depois e ele mesmo, em sua juventude, tenha se tornado
o pivô de tantas traições, haja visto que a maioria de suas amantes eram
mulheres casadas ou colegas de escola que têm seus namorados.
De onde ele teria tirado tanta
força, ele pergunta; com 1,85m de altura e 100kg, Rafael é, sem sombra de
dúvida, muito mais do que qualquer homem aguentaria em apenas um braço, quanto
mais realizar um arremesso como aquele. É praticamente impossível que alguém
normal tivesse conseguido realizar aquela proeza, independente do fato dele
próprio ser muito forte para a sua idade. Ele se encontra perdido em seu
raciocínio, se perguntando como abordar a mãe sobre o assunto e o que viria a
descobrir quando a verdade lhe fosse revelada. E que verdade seria essa, que para
ele já parece ser devastadora antes mesmo de ouvir qualquer palavra sobre o
assunto.
- Rafa, você não comeu sobremesa?
– Quando a mãe aparece na porta do quarto ele não sabe como reagir. Por um lado,
o assunto lhe sobe à garganta e ele pensa em perguntar logo tudo que quer,
mesmo sem ter ainda ideia de como fazê-lo. Por outro, um estranho medo que uma
verdade desagradável ou bizarra demais possa lhe causar transtornos o impede de
tocar no assunto.
- Não, eu não tava muito a fim.
- Você ficou estranho o jantar
inteiro, distante. Aconteceu alguma coisa? – Por um momento, ele se contém
sobre como tocar no assunto com a mãe. Mas a curiosidade sobre o homem
misterioso acaba falando mais alto. Ele, então, se ajeita, sentando-se à cama e
quebrando o silêncio:
- Na verdade, tem, sim... Aconteceu uma coisa hoje e eu tenho que falar
desse assunto com você.
- Que aconteceu?
- Hoje de tarde eu encontrei um
tipo estranho na rua, um cara que conhece você. Pelo menos sabe seu nome e
também sabia o meu.
- Quem era ele?
- Eu não sei... Mas ele pareceu
conhecer tanto você como o pai, pareceu até me conhecer também e, não bastasse
isso, era um cara muito forte... Quando eu achei que já tinha falado merda
demais eu parti pra cima e ele não só segurou um murro meu como me pegou pelo
pescoço e me levantou com um braço só. O cara era mais alto que eu, uns dois
metros, e era muito forte. Ele me jogou longe...
A mãe não consegue esconder o
desconforto. Rafael pode notar, pela expressão no olhar e a forma como se move,
demonstrando nervosismo, que a mãe sabe exatamente de quem ele está falando.
- E então?
- Certo... acho que não vai mais
dar pra manter meu segredo. E, pra dizer a verdade... Eu nem sei se eu quero.
- E que segredo é esse?
- Você, Rafa. Você, de certa
forma, é adotado, sim... mas não totalmente. Eu sou sua mãe biológica, mas seu
pai não é seu pai verdadeiro. – Ele já suspeitava, mas não sabia ao certo da
verdade. Engolindo seco e sem reagir, uma vez que a verdade já não lhe
surpreende tanto, Rafael permanece imóvel, ouvindo as palavras da mãe, que
parece praticamente visualizar as cenas do ocorrido enquanto as narra para o
filho.
- Pouco antes de eu me casar com
seu pai algumas amigas minhas organizaram uma festa de despedida de solteira
pra mim. Eu nem sabia do que se tratava a festa e acabei aceitando por achar
que era uma festinha normal entre amigas. Mas, tão logo chegamos ao apartamento
de uma delas, tomamos algumas cervejas e, logo em seguida, chegou um rapaz que
elas disseram ser meu presente de despedida... nem precisei me esforçar muito
pra perceber que era um garoto de programa.
“Era um homem de porte físico
exuberante, com mais de dois metros de altura, forte, mas sem exagero,
totalmente proporcional e definido. Apesar de não conhecê-lo eu fiquei
totalmente à vontade com ele e as amigas gritavam e batiam palma em meio à
música enquanto eu, por mais que não estivesse disposta a ir adiante com aquilo
no começo, acabei me fascinando pelo homem enquanto ele dançava e tirava a
roupa, deixando aparecer aquele membro monstruoso, que me despertou tanta curiosidade
quanto vontade de tê-lo dentro de mim. A essa altura eu já pertencia a ele e
não consegui esboçar qualquer reação enquanto ele tirava minha roupa até que eu
estivesse totalmente nua no meio da sala, minhas amigas gritando e torcendo,
adorando todo o espetáculo. Ele me controlava totalmente e eu demonstrava, por
menos que entendesse minha própria reação, que estava disposta a fazer tudo
aquilo que ele quisesse. Logo eu estava de joelhos, tomando aquele membro que
podia ser segurado pelas minhas duas mãos, e o levando à boca, chupando com uma
timidez que logo desapareceu. Logo eu estava mamando aquela rola gigantesca sem
qualquer tipo de pudor ou lembrança de que, no dia seguinte, estaria na igreja
me casando com seu pai. “
“Ele acariciava meu cabelo enquanto
minhas amigas assistiam e gritavam coisas como ‘melhor avisar o noivo que ela
não vai pra igreja amanhã’ ou ‘aproveita que o do marido não chega nem perto’ e
eu chegava a rir, talvez por estar sentindo o efeito da bebida. Não demorou
muito e o homem me pegou pelos braços, me levando até a cama, com minhas amigas
em volta e ele se posicionando, pronto pra me penetrar.”
“Olhando pra mim com malícia, ele
batia o pau contra o meu clitóris e eu me perguntava se ia aguentar tudo aquilo
dentro de mim. A vibração das amigas era grande e elas torciam e bradavam ao
ver que a cabeça havia entrado e que o resto do pau estava deslizando pra
dentro. Eu sentia tanta dor quanto prazer e não podia acreditar que estava
realmente agasalhando tudo aquilo. Era uma sensação de entupimento
inacreditável e logo eu estava dizendo os maiores palavrões, alguns que eu nem
achava que fosse ter coragem de falar, e minhas amigas riam e gritavam enquanto
o homem, cujo nome eu nem sabia, metia cada vez mais forte.”
“Então, quando eu achava que todas
as surpresas tinham acabado, eis que eu escuto a porta se abrir e, entre as
minhas amigas, aparece seu pai. Eu me assusto, sem saber como reagir, enquanto
o homem continua metendo sem dó e eu não consigo evitar de gozar feito uma
vadia mesmo sabendo que ele está observando. Minhas amigas começam a desdenhar
do seu pai e dizem que era bom ele prestar atenção no que estava acontecendo,
que era aquilo que ia acontecer se ele não tomasse conta de mim e me tratasse
bem e que eu tinha o direito de estar com um homem de verdade antes de casar
com ele. Caindo de joelhos, ele começou a lamentar, dizendo que a coisa não
precisava ser assim, que não acreditava que eu estava fazendo aquilo e eu, como
se um desprezo insuportável tomasse conta de mim, comecei a me soltar mais e
dizia pra que o homem me comesse sem dó, que me arrombasse como bem quisesse e
mostrasse pra aquele frouxo que seu pai demonstrou ser como um homem de verdade
fode uma mulher com gosto até que ela enlouqueça. Elas o seguravam pelo cabelo
e mandavam que ele observasse, que tomasse nota pra ver se aprendia alguma
coisa e, logo, eu pude sentir o leite jorrar do pau do homem dentro de mim, me
inundando como eu nunca havia sentido antes.”
“Achei, então, que tudo tinha
acabado. Mas me enganei. Não só o pau do homem continuava ereto como ele me
virou de quatro, voltando a me penetrar, sem sequer dar tempo para que o que
havia gozado dentro de mim escorresse. Sem dó, ele me invadiu de novo e eu
mordia o travesseiro, gemendo alto e pedindo pra que ele me arrombasse,
enquanto seu pai assistia e baixava a cabeça, arrancava os cabelos e minhas
amigas caçoavam dele e vibravam assistindo meu sexo com o outro homem, que logo
voltou a gozar e me encher de esperma tanto quanto na primeira vez.”
“Seu pai permanecia ajoelhado e o
homem o pegou pelo cabelo, aproximando o membro do rosto dele e posicionando-o
debaixo de seu nariz, dizendo que ele devia sentir o cheiro do orgasmo de sua
esposa no cacete de um homem de verdade e, logo em seguida, o puxou pela orelha
até mim, que permanecia deitada na cama. Eu não me contive e comecei a rir
quando o homem colocou a rosto de seu pai entre as minhas pernas e fez com que
ele começasse a lamber o esperma que escorria de dentro de mim, sem deixar que
nada molhasse o colchão. Uma de minhas amigas gritava ‘lambe, corno, limpa
tudo. É só pra isso que você serve na vida’, e as outras riam. Depois disso, o homem se certificou que seu
pai engoliu tudo o que lambeu e estendeu a mão. Ele quis me levar até o
chuveiro, mas eu não me fiz de rogada e puxei-o pelo pau monstruoso até lá,
onde eu agradeci a foda maravilhosa chupando muito seu pau até que gozasse em
minha boca. Quando saímos do chuveiro eu mostrei a seu pai como estava minha
boca e fiz com que me beijasse, fazendo com que ele bebesse o esperma do meu
amante. O outro homem se vestiu e se foi, enquanto minhas amigas debochavam de
seu pai”.
- E eu achava que eu era safado,
diz Rafael, percebendo que era o fim da estória... Mas foi só o que aconteceu?
Digo, se é que se pode chamar isso de “só”...
- Não... eu voltei a me encontrar
com ele, algum tempo depois. Depois de já estar casada com seu pai. Aquele
assunto morreu, nem minhas amigas nem eu falamos sobre isso com mais ninguém
depois da festa. Seu pai realizou sua fantasia de corno que queria assistir a
própria esposa sendo penetrada por um homem superdotado em público, enquanto
ele era humilhado, e que até aquele dia
eu desconhecia e eu, depois de alguns meses, descobri que estava grávida. Pouco
antes de entrar no hospital para ver meu exame eu reencontrei aquele homem, que
sorriu pra mim na rua e me deixou tão excitada quanto constrangida. Não tive
como não falar com ele de novo.
“Ele me cumprimentou e me
perguntou como estava indo. Eu disse que tudo bem, que havia me casado mas, por
que não admitir, estava sentindo falta da brincadeira daquele dia. Ele disse
que eu não precisava ficar na saudade e que podíamos sair quando eu bem
quisesse. Eu disse que consideraria e ele me desejou boa sorte com a gravidez.
Até então nem eu mesmo sabia que estava grávida, foi o que disse a ele. Então,
ele me disse que eu estava e que daria à luz a uma criança de saúde, força e
inteligência acima do normal, que iria me surpreender de várias maneiras com
suas qualidades físicas e uma beleza insuperável... e que ele era o pai desta
criança. Eu não tive como não acreditar, pois sentia que havia algo diferente
no sexo que fizemos, começando pela absoluta resistência que ele demonstrava
quando fizemos. Pedi seu contato e ele disse que me encontraria de novo. Foi o
que aconteceu, mas sem que seu pai soubesse. E, conforme ele disse, eu
realmente estava grávida, e você nasceu exatamente como ele disse.”
- Tá, mas e aí? Quem é esse cara?
Como ele tem toda essa força e toda essa capacidade física? Dá pra ver que ele
é meu pai mesmo, mas e quanto aos fatos humanamente impossíveis de se
compreender?
- Isso ele me explicou depois. Eu
podia te explicar, mas acho que isso ia ser mais interessante você ouvir da
boca dele.
- E como eu vou saber onde
encontrar o cara?
- Ele vai vir até você... Do mesmo
jeito que veio até mim. – Rafael permanece em silêncio, sem saber como reagir
às revelações de hoje ou mesmo como assimilá-las. Não consegue deixar de pensar
que há algo de sobrenatural sobre o homem que sua mãe diz ser seu pai, perguntando-se
quem ao certo ele seria. Como se fosse parte de sua concepção, algo parece
responder esta pergunta em seu subconsciente mas, atordoado pelas descobertas,
não consegue associar as ideias como deveria.