A efemeridade de tudo
"Vamos viver o hoje, pois do amanhã, nada sabemos." Eis o ditado popular, amplamente divulgado, sobretudo por aqueles, que não respeitam o tempo. Ele, o senhor de tudo, jamais há de submeter-se aos caprichos dos humanos mais crédulos de sua superioridade. A humanidade jamais sentirá o que é sentar no trono e acompanhar o desfile dos tolos que fazem questão do desgaste próprio. Pobres humanóides do tempo! Artífices de toda maldade efêmera a querer impor seu ciclo sobre ele! E ele? Ahhhhh... nem liga! Nem aí está para esses marionetes! Quando, o rei se cansa, abandona-os em seu baú feito de madeira que cupim não rói. Ele se diverte e bastante com esses minúsculos seres que se vestem de roupas de grife, se maqueiam e saem a desfilar por meio de fotos que graças ao avanço da tecnologia, os tornam populares. Mas o tempo se diverte, pois ninguém tanto quanto ele chega a ser tão popular. Nem mesmo aquele político a comandar cabos eleitorais extremamente pobres de argumentos, chegam a ser tão populares quanto a sua majestade o TEMPO. Então, os pobres humanóides só têm uma única alternativa que é garantir-se em sua devassidão para ver se consegue ser superior a ele, sob pretexto da "incerteza do amanhã", pois certo de si, não está. Mas o cidadão tempo, apenas deseja ser condescendente deste miserável ser, do qual tem uma pena enorme, pois sabe que sua dinastia jamais será interrompida.
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