Temos assistido a evolução de sintomas dos transtornos de posicionamento partidário político, no qual, os portadores têm perfis que carregam em si uma violência quando são contrariados em suas opiniões. Existe um verdadeiro déficit de empatia e interação saudável que culmina na maioria das vezes, em xingamentos e utilização de um vocabulário de baixo calão. A ànsia por não ser contrariado em opiniões, eleva o estado de ànimos dos envolvidos numa proposta inicial de um debate saudável e contamina todo o ambiente social,seja virtual ou real. O excesso de informações ou estímulos à disputa acirrada para o estabelecimento da melhor agressão, empobrece o conteúdo de debates que, a princípio, deveriam estar planejadas em propostas novas por parte de cidadãos. Entre xingamentos, não há como rever ou visualizar o quadro atual bem como analisar outras realidades que deram certo em alguns países e que são ignorados em tais discussões. Estamos sim, vivendo momentos de intolerància universal que promovem a violência verbal e física, associados a uma carência de políticas públicas educacionais que elevem a qualidade da cidadania. Precisamos esvaziar o conteúdo e a cultura do ódio tão disseminados nos meios de comunicação, se quisermos evitar um mal maior que resulta no recrutamento de cidadãos dispostos a montar uma trincheira em prol de uma ideologia do qual ele sequer sabe qual o significado. A proposta ideal é preencher as lacunas existentes pela falta de conteúdo por leitura e releitura da nossa história que estimulem questionamentos e idéias.