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Artigos-->Afro-prejudicados -- 02/12/2003 - 15:02 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não sei quem foi que inventou o termo afro-descendente, mas faz parte do movimento politicamente correto, surgido há poucos anos nos EUA, para evitar processos por discriminação racial, que entupiram os tribunais de lá. Então criaram termos como ítalo-americanos, luso-americanos, sino-americanos, etc

Isso diminuiu um pouco o descaramento dos racistas, embora não elimine o racismo. No Brasil a situação foi amenizada, mas temos o racismo velado, que faz a seleção de pessoal nas empresas, tornando milhões de negros sub-empregados.

Aliás, o Brasil é tão falso nesse tema que nem discute o racismo. No meio de tanta coisa errada passa até despercebido.

Existem no país atualmente, segundo dados da Funasa, 734 comunidades remanescentes de quilombos, conhecidas como quilombolas, onde se refugiavam os negros fugitivos de fazendas. Onde se lê negro quem quiser pode ler afro-descendente também(chatice esses termos).

Os quilombolas são núcleos afastados das cidades de modo geral, e durante muito tempo ninguém se importou com eles. As terras, ocupadas por descendentes de escravos, eram trabalhadas para cultura de subsistência, com grande índice de mortalidade.

Eram terras quase esquecidas. Antes do advento da falta de terras e da ganância dos fazendeiros tradicionais, herdeiros da política expansionista e pouco produtiva das capitanias.

Agora os quilombolas estão sendo ameaçados por todo o país. Em alguns lugares ainda há um pouco de respeito, mas isso não interessa a quem tem poder.

Algumas entidades buscam o apoio do governo federal para demarcar as terras, assegurando a posse para as comunidades, que em alguns casos ocupam os lugares há mais de cem anos.

Escrituras falsas, vistas grossas das autoridades e falta de infra-estrutura são alguns dos problemas que os descendentes de escravos fugitivos enfrentam atualmente. A sociedade brasileira, que carrega a triste memória de ter arrancado milhares de pessoas de seus lares na África para alavancar o capitalismo colonial português, não pode cometer mais esta injustiça. O governo federal tem obrigação de agilizar as demarcações e reconhecer os direitos das comunidades tradicionais. Sob pena de manchar a história novamente se assim não o fizer.



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