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cronicas-->3. ESFORÇO INUMANO -- 11/07/2001 - 11:01 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Caso tenhamos sucesso, poderemos chegar a conclusões muito aproveitáveis a respeito dos esforços que se fazem na Terra, para que as vidas tenham o desenvolvimento mais adequado para o cumprimento das determinações cármicas.

Vamos, então, estabelecer, como norma de trabalho, o fato de estarmos altamente interessados em trazer ao conhecimento dos encarnados os acontecimentos que geraram os pensamentos em função dos quais são praticados os atos subsequentes, como se as criaturas não pudessem escapar jamais desse encadear, de forma que os mais argutos logo vão assenhoreando-se das fraquezas alheias para preponderarem.

Se isso fosse fatal, realmente, aí não encontraríamos legislação distributiva dos bens, mesmo que tão precária e jamais aplicada com rigor. De qualquer jeito, aos poucos, os homens vão avançando nos aspectos mais importantes dos relacionamentos fundamentados nas dádivas evangélicas, pelo menos no que concerne à tendência mais geral, aquela que vê, nos pequeninos, seres a proteger e a educar.

Se estamos muito longe de angelizar os procedimentos, devemos também reconhecer o quanto já caminhamos na senda do aperfeiçoamento, tendo em vista os sensíveis progressos que podemos notar, se cotejarmos as nossas civilizações com as de alguns anos atrás.

Estamos penetrando terreno perigosíssimo, pois não faltarão pessoas a nos apontarem desgraças inúmeras, até mesmo o perigo da destruição total do planeta, medo que se estende por estas plagas espirituais, tendo em vista o estudo da psique atual da humanidade.

Mas nós estamos dispondo-nos sob perspectiva rigorosamente histórica, acima dos desenvolvimentos das populações como nações homogêneas. O que queremos examinar é o progresso da humanidade como um todo, pois, evidentemente, se compararmos os indivíduos, encontraremos quem esteja no primeiro patamar da escada do progresso, enquanto outros já batem às portas do Senhor, lá no alto.

Quem está esforçando-se para que tal ocorra? Todos nós e nenhum de nós em particular, pois os progressos só se dão coletivamente, havendo quem se distancie dos demais, para poder divisar o horizonte para as informações cabíveis aos caminhantes. A comparação é valiosíssima, para oferecer aos amigos as condições dos grupos socorristas que se formam no etéreo e na Terra, de uns participando espíritos como os nossos, ávidos por aperfeiçoarem-se no divino mister do atendimento aos que sofrem, de outros, os amigos que teimam em permanecer conosco nestas dissertações reveladoras de princípios e despertadoras de consciências.

O esforço, pois, de progressiva melhoria do conjunto da humanidade é, como acima chamamos, inumano, embora se dê também junto à seara dos encarnados, a demonstrar que lembranças existem das necessidades cármicas, subjetivas, esmaecidas, não inteiramente dominadas pelo intelecto ou pela percepção emocional, mas fortes o suficiente para impelirem muitos ao bem, conforme testemunhamos a toda hora. Aliás, é a partir dessas observações que nos pomos à vontade para o otimismo e a felicidade, pois estamos vendo que os seres evoluem satisfatoriamente, não se importando muito com alguns percalços naturais, aceitando a dor como condição e vendo no Criador o ser supremo, a quem respeitam e amam.

Nem tudo será perfeito, evidentemente, pois nossa principal característica é estarmos no início da aprendizagem, mas iremos efetuar o que melhor pudermos, todos nós, já que nos compenetramos de que de cada um é que depende o progresso coletivo.

Para quem se inteirou das diretrizes das comunicações desta turma, deve parecer estranho que esteja dedicando-me a apreciações teóricas, esquecido de que deverei relatar quais foram ou estão sendo os problemas da personalidade, justamente os que me arremessaram ao fundo do báratro e que agora devem constituir-se na minha principal preocupação.

Pois devo afirmar que foi a falta de caridade que me arrastou para as sendas da perdição. Amei o dinheiro e não o bem que poderia fazer decorrer dele. Ganhei muitos inimigos, pois desconsiderava o sentido de suas vidas, egoisticamente, favorecendo muitos ganhos para meus empreendimentos e negócios, tornando-me alto comerciante, a ponto de enfrentar o império industrial nascente no país, destinando boa parte das riquezas para a criação e manutenção de várias fábricas. Rei Midas, o que tocasse tinha a satisfação de ver converter-se em ouro.

Mas não distribuí equitativamente os lucros, estabelecendo limites muito diferenciados, dando a alguns privilegiados a satisfação de altos salários, mas explorando a maioria, indiferente, incapaz de perceber-lhes as necessidades essenciais da vida. É bem verdade que me desenvolvi em meio a civilização primitiva, sem que as legislações tivessem estabelecido eficientes sistemas de proteção dos menos apaniguados, escravizando-os eu, portanto, sob o amparo das leis, com o recurso da contratação dos melhores advogados.

Eis por que razão abri o depoimento referindo-me ao crescimento da humanidade, desde o ponto de vista das relações entre os capitalistas e os trabalhadores, até a proteção mais geral, através dos benefícios de caráter social, como postos de saúde, escolas, extensão do saneamento básico e demais regalias urbanas, dado que existe vigilància bem mais eficaz da arrecadação e da aplicação dos recursos advindos das taxas e dos impostos.

Não nos adiantará dizerem que existem muitos que fraudam todos os setores da vida pública, da mesma forma que existem milhares de assaltantes comuns. Isso tudo nada é perante o conjunto da sociedade, que cresce a olhos vistos, justamente para quem tenha o poder de comparação com outras épocas, sempre mais infelizes e atrasadas.

Se, apesar de tudo, não estiverem de acordo com minha postura, lembrem-se de não cometerem os meus erros, dêem aos semelhantes melhores condições de vida e não queiram arrastar-se pelas trevas em desesperação, durante os mesmos trinta e cinco anos que por lá estive, sofrendo os horrores das acusações conscienciais, em benéfico sentimento de culpa que, finalmente, me abriu os olhos para a realidade da psique.

Agradecer a dor que regenera é comum nestas mensagens de sofredores encaminhados para os cursos de evangelização. Não serei eu o primeiro a fazê-lo, nem pretendo ser original. Mas a verdade é que estive muito próximo de cometer vários absurdos contra a justiça de Deus, tendo sido reprimido pelas lancinantes dores que sofria, por ter-me reconhecido ser reles e desumano. O pensamento de que a inferioridade era profunda deu-me condições de refletir que não seria eu o melhor juiz da existência, convencendo-me, afinal, de que deveria reformular a postura perante o incessante burburinho da consciência, para aprender a controlar-me, mesmo sabendo que nem tudo eram rosas no jardim existencial.

Foi aí que obtive o alvará para a matrícula nesta instituição, onde venho buscando aprender as lições que me são passadas, às vezes relutantemente, porque não condizentes com meus pontos de vista fortemente carregados de egoísmo, mas bastante atento para os ensinos, tendo em vista a comprovação de inúmeros desvios da verdade. Tenho que aprender e não que ensinar. Por isso, não vou recomendar nada mais, pois avancei muito no caminho perigoso das tertúlias moralistas ou imprecatórias.

Aceitem, portanto, as primeiras recomendações e jamais se julguem sozinhos na luta contra a infelicidade e a dor coletivas. Façam o que possam, estejam onde estiverem, que isto não é conselho: é obrigação cármica.

Otávio.


Comentário

Reduzimos um pouco o tempo destinado a cada irmãozinho, a pedido deles mesmos, por isso, não estranhe que os textos venham a ficar menos volumosos.

Quanto ao irmão que trouxe seu depoimento nesta tarde, devemos afirmar que nos contrariou um pouquinho, pois fez várias afirmações categóricas, quando deveria apresentar teses apenas esboçadas, para a gestação de idéias que bem poderiam oferecer desenvolvimentos positivos. Do jeito que está, o que pode ocorrer é de os leitores não se agradarem das afirmações peremptórias, opondo alguns argumentos, fixando-se em pontos de vista inflexíveis, não favoráveis a que as reflexões progridam.

Feito o reparo, entregamos a mensagem tal qual se apresentou, para que os amigos possam estabelecer confrontos saudáveis para a percepção de como chegam ao etéreo os diversos companheiros, segundo o que fizeram na vida. Há, também, que se considerar o nível evolutivo, o grau de descerramento da consciência com que ingressam na Escolinha de Evangelização e, principalmente, o ponto exato em que fazem jus à saída das trevas.

Tais considerações julgamos valiosíssimas para a desconfiança do que se fazer para a melhoria do procedimento evangélico. Eis tudo.

Álvaro.
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