Ainda que, me embriague com as novidades a surgirem a cada instante, ainda assim serei a muralha que me prende e liberta de tudo. Sou dono de minha existência e nela, permito apenas janelas, no máximo duas, sendo uma para arejar meus ambientes sutis, enquanto a outra canaliza o ar poluído para fora da minha resistência. Sou o que nunca fui e bati à porta na cara de ninguém que sempre me procurou afim de que fosse alguém. Só que ninguém deseja além de si para abdicar-se do que o outro revela a alguém. Sempre haverá alguém a seguir os passos por onde ninguém percorre. Socorrer então a alguém sem nenhuma resistência me faz sentir poderoso e oneroso. Sou caro e forte na fragilidade perturbadora da minha idade nesta cidade de tantas resistências.