(Fragmentos)
“Saudades de minha doce mãe”
Eu estava mesmo em vão,
na praça, na varanda,
na quitanda . . .
Se não estivesse a vagar,
a pensar, em algum lugar . . .,
como poderia ? !
E quem diria me ver chorar ?
É moroso ver o vento,
gozar o tempo, passar o momento.
De qualquer jeito . . ., o peito !
Um peito que transpira,
que não descansa, inspira . . .,
que chora, se tranca, apavora ? !
E quem diria me ver chorar ?
Não tarda gozar o vento, a brisa . . .
não passa passar o tempo,
e de jeito, amar um momento,
se destrancar . . ., por ora.
Vem minha senhora, de manto,
no seu todo branco . . . e serena,
um descanso, inspiração.
A tez suave, gestos doces, as mãos ? !
E quem tocaria suas mãos ?
Não tarda estarei em vão, de sorriso,
na praça, na quitanda, na sua varanda,
de chão, para tocar de amor . . .
sua mão.
AdeGa/93
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