Estou lembrando teus pêlos,
sobre os olhos,
as pálpebras debruçadas,
sobrolhos ao chão,
se não olhavas, não era em vão,
imagino que dentro olhavas,
olhavas no vazio da imaginação.
Estou pensando em teus olhos,
negros, brilhantes,
ou serão claros, constantes,
olhos que desejo olhar,
transfigurados em azul do mar,
porque refletem o azul do céu,
e neles me ver espelhado,
prisioneiro do teu vago pensar.
AdeGa/98
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