Usina de Letras
Usina de Letras
157 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62225 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22536)

Discursos (3238)

Ensaios - (10364)

Erótico (13569)

Frases (50620)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140802)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Biquíni proibido -- 09/12/2003 - 19:42 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Para quem acha que surgem coisas doidas na política, é bom lembrar que um presidente eleito pelo povo já proibiu o uso de biquínis. Foi Jânio Quadros, o homem que se imortalizou pela renúncia.

O jornalista Marconi Formiga explorou bem o tema, produzindo um livro que serviria para um “furo” de reportagem do Fantástico muitos anos depois.

Jânio também prometeu varrer a corrupção do país, com a campanha da vassourinha. “Varre varre vassourinha...”

Proibindo o uso de biquínis e brigas de galo traçou um perfil conservador para seu governo, mas ousou homenagear Fidel Castro. Isso desagradou profundamente aos norte-americanos.

Depois Jânio voltou como prefeito de São Paulo, onde também falou bastante e fez pouco.

Mas o que interessa mesmo é que os eleitores têm que prestar atenção no perfil dos candidatos ao escolherem qualquer representante.

Candidatos estranhos não podem sugerir ao eleitor atitudes coerentes.

Jânio era em 1960 o retrato perfeito de um país incoerente, preocupado com o momento histórico da guerra fria, tentando achar seu espaço entre norte-americanos e soviéticos.

Havia uma produção nacional incipiente, herdada dos sonhos de Getúlio e JK, e o candidato populista não soube aproveitar o momento.

Em 1989 o povo elegeu outro candidato incoerente, que gostava de arriscar sua segurança pilotando motos contrabandeadas de amigos, jet-sky, fazer frases de efeito sem nenhuma utilidade para as massas trabalhadoras, e que não poderia ter e final mais apropriado. Collor de Mello, o presidente do impedimento.

O povo que votou em Lula, tirando a meia dúzia de esclarecidos politicamente, talvez tenha votado com a mesma cabeça dos que elegeram Jânio e Collor, procurando salvadores da pátria.

Tirando a frase desastrada sobre a Namíbia, Lula ainda não proferiu besteiras grandes, buscando a coerência em seu governo.

Mas temos que ficar atentos. O companheiro metalúrgico foi eleito graças a acordos com grupos incoerentes que dominam o setor empresarial e os campos.

São os mesmos grupos que tornaram praticamente impossível a continuidade de governo de Jânio Quadros e Collor. Presidentes completamente distintos, os três têm em comum a promessa de reformas. Resta saber se os grupos incoerentes do país vão deixar Lula governar em paz.



















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui