Elas circulam pela Internet numa velocidade incrível e, mesmo não agradando muita gente, os seus criadores ou amantes, seguem com volúpia encaminhando por este mundo afora. Algumas dessas correntes são encaminhadas a tal ponto que a lista de destinatários se torna maior em bytes do que a própria mensagem, geralmente naqueles PPS cheios de efeitos, que demoram pra cacete pra gente ler. Pior do que receber essas correntes é saber que muita gente pensa que os outros não tem nada melhor para fazer na vida.
Pior ainda são aquelas em que praticamente exigem que você repasse sob pena de acontecer alguma coisa terrível com você. E o pior é que tem gente que acredita piamente nisso tudo.
Pois bem; pensando seriamente nessas correntes que não são fabricadas por nenhuma metalúrgia ou ferreiro, decidi criar a minha própria corrente afinal de contas, chega um instante da vida em que a gente precisa fazer uso desse artifício só para encher o saco de muita gente. E a intensão é essa mesma!
A minha corrente teve inicio no fundo do mar, depois que lá retiraram essa peça antiguíssima que suportava o peso da âncora do navio do Popay. É claro que era um navio carregado de espinafre e em consequência do naufrágio, muitas sardinhas se transformaram em ágeis e esfomeados tubarões.
Depois disso tudo, minha corrente passou por um processo de recuperação e ficou novinha em folha após vários banhos químicos-metálicos. O grande problema da minha corrente é o peso. Por este motivo não é possivel mandar por e-mail senão toda a Rede despenca mesmo.
Mas o que vale é a intensão e assim, mando pra você a foto da minha corrente, o que já é alguma coisa considerando todo o trabalho que ela já me deu sem contar os gastos.
Você não precisa, de maneira alguma repassar a minha corrente para os outros, se bem que...
Se você não repassar agora, o peso da minha corrente vai arregaçar o seu PC ou então, ela vai se enrolar no seu HD e dar aquele pifão.
Se você não repassar daqui a 5 minutos, vai descobrir que sua corrente de ouro foi surrupiada do seu pescoço por aquela gata que te encheu a bola ali na esquina. Em suma, te encheu a bola, alisou o taco e te encaçapou de verdade.
Se você não repassar em meia hora, vai ter uma surpresa quando sair com seu carro e escutar um “creek” e o danado se recusar a sair do lugar. Não tente acelerar e nem fazer nada. A corrente do motor foi pro pau literalmente. Isso não é maldição, é praga mesmo!
Se você não mandar em uma hora, quando chegar em casa vai deparar com aquele PitBull do vizinho, que todos os dias você atenta, solto na rua e pronto pra voar na tua jugular. Fique calmo e respire fundo, porque ele conseguiu finalmente arrebentar a corrente que o prendia. Mas não esquente viu? Lá na UTI do pronto socorro tem uma enfermeira que é o bicho!!! Dá uma injeção na veia que olha....
Assim, para finalizar eu te digo:
Meu avô, lá por volta de 1910 não mandou uma corrente que ele tinha pra frente e pouco tempo depois teve que ir lutar na Primeira Guerra Mundial.
Meu cumpadi Benedito ficou com a corrente em casa para puxar um caminhão velho e numa dessas investidas a corrente arrebentou e o caminhão foi parar dentro do rio.
Uma amiga ficou com a corrente presa no computador e agora tá tudo travado.
Se você não mandar esta corrente pra frente agora, o Senhor vai te castigar, o teu pai vai te castigar, a tua mãe vai te castigar, a tua mulher vai te castigar e eu? Claro pô! Vou te castigar um tanto mais.
Cá pra nós! Você acredita nesse negócio de castigo?
Na dúvida, mande a corrente pra frente.Nunca se sabe....
