Usina de Letras
Usina de Letras
267 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62171 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50576)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->CORDEL CAVALHEIRO -- 16/08/2002 - 02:27 (Amaso Nib Nedal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No cordel cavalheiro
em verso bem ligeiro
vou cantando o meu destino
em triste verso de menino
Dou adeus a usina e ao exagero
como bom ou ruim mensageiro
me despeço bem maneiro

Como não dar para dispersar da lida
e como não sou de fugir da luta
Deixo a usina sem disputa
ciente que aqui fugi da conduta
No dia-a-dia do trabalho
mesmo com contrato precário
sigo Cristo pro calvário

Confesso que saio triste
quase até envergonhado
de tanta gente ter magoado
Não sou homem de brincadeira
mas quando falam asneira
pego minha caneta e solto
tinta pelas gretas

Na tela sempre fria
na net que traz magia
vou escrevendo poesia
lembranças e nostalgia
como velho tenho mania
que para rimar deixou de ser manias
mostrando que no cordel existe fantasias

Vou partir porque meu trabalho
como já disse é contrato precário
tenho que viajar pra todo lado
para atacar o retardatário
Mesmo assim vou ficar na escuta
como bom cidadão continuarei na luta
e na política militando

Faço minha parte de cidadão
luto contra a miséria e corrupção
mesmo assim não sou o melhor exemplo pra nação
Faço a minha parte de poeteiro
às vezes escrevo o dia inteiro
até de noite no banheiro
por isso que meus versos vão rápido pro bueiro

Com perdão à licença poética
tem muita gente pregando estética
mas não conhece nada de métrica
muito menos de liberdade de expressão
imagine avaliar emoção pela razão
Com perdão da má palavra
aquilo que se planta lavra...

Dou adeus ao poucos amigos
e mando um beijo de Judas aos inimigos
pois aqui não encontrei abrigo
e tudo que escrevemos se torna um perigo
Da língua falada e escrita
uns trazem pronta sua marmita
e não respeitam às diferenças

Se alguém quiser discutir lingüística
tem que parar de ir a missa
e calar os ouvidos ao sermão
precisa ser mais cidadão
e não excluir um indivíduo pela língua
Que me perdoe os gramáticos
vejo-os todos estáticos

Não sabem o como, o quando, o quê, o porquê,
o para que, nem sei se nossa língua sabe ler..
Existem tantas diferênças lexicais
Existem as questões regionais,
culturais, de idade e etnia
que nem preciso falar oralidade
e alfabetização ou letramento
que vai nos deixar bobos feito jumento

Então, como aqui encontrei bons professores
mesmo que esses escrevam tantos horrores
no cantinho da página mal escrita
deixo lindas flores
lamentando suas dores...
Devia ter poetado mais,
ter falado menos e agido mais...
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui