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Discursos-->Esse pessoal de hoje em dia -- 14/08/2001 - 01:56 (Alberto D. P. do Carmo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tenho o privilégio de viver próximo a uma pessoa de extrema sabedoria, e simplicidade. Que acorda cedo, cuida de mil tarefas, inteira-se das notícias, arruma tempo para se dedicar a fazer mimos e carinhos a quem precisa, e acaba dormindo, tarde da noite, no sofá, fazendo no tricô, meias, ou cobertores, que dá a quem deles necessita. E dorme por pura exaustão, diária. Uma pessoa que aproveita literalmente cada segundo de sua vida com coisas úteis, produtivas. E que jamais reclama de nada. Antes, encontra alívio para qualquer percalço que surja.
Aí penso na geléia geral, nessa turba que vive se apertando e se empurrando pelas avenidas e escritórios da vida. Agem umas 12 horas/dia, e pouco produzem. Na verdade, não passam todos de uns grandes preguiçosos da vida.
E não me venha falar dos workaholics. Isso é papo furado, é balela, papo pra boi dormir. Workaholics são fujões da vida. Escondem-se num suposto escudo de trabalho, quando na realidade não conseguem fazer algo de mais útil na vida.
A vida da gente apresenta-nos tantas oportunidades de trabalho, de fazer algo que preste. A maioria passa batido, finge que não vê, arruma alguma desculpa e justifica a preguiça. Preguiça, é isso que aflige o mundo. A humanidade está mergulhada num lameiro de preguiça. Fazem milhares de coisas, arrumam o diabo para ocupar o tempo. Mas, no frigir dos ovos, o resultado geralmente deixa a desejar, carece de conteúdo. Daí a insatisfação generalizada que vemos em todas as camadas sociais, que atinge mamães e papais.
Ora, a carência é tanta, que basta surgir um bem-falante, e vão todos às missas, ou comprar qualquer livreto que soletre conceitos de aplicação geral. Lair Ribeiro, Paulo Coelho, e uma penca de americanos espertos perceberam isso e encheram as albardas com o dinheiro que VOCÊS gastam na busca de consolos.
Você lê livros repletos de idiotices, toma vitaminas milagrosas, lê atento qualquer notícia imbecil sobre algum maluco que inventa uma nova fórmula para dizer coisas óbvias. Alivia-se lendo clássicos, desfia um rosário de pseudo-sabedoria, busca auto-afirmação em qualquer coisa que pareça trazer uma idéia nova. E isso já quarentão, ou versão superior. Um bebê-chorão com esse tamanho.
O egoísmo, o excesso de preocupação com nossas necessidades, a teimosia, e a preguiça, que em nós habitam, são os piores obstáculos à nossa própria satisfação, à alegria de viver. Você inventa mil desculpas para justificar a cegueira diante das dicas flagrantes que a vida oferece todos os dias. É como falar a uma pessoa que não ouve o que dizemos, envolvida que está com suas trivialidades.
Aí fica morgando, horas a fio, e escreve um monte de filosofias baratas, querendo mostrar que é alguém cheio de vida, um ser quase perfeito, que está na solidão porque ninguém me ama, ninguém me quer. Mas dá pra trás na primeira oportunidade de mostrar serviço.
A coisa mais fácil que existe hoje em dia é sair dizendo frases bonitas e de efeito, que mexam com as pessoas. Milhares de punguistas, de todo o mundo, já perceberam isso, e são best-sellers, líderes de audiência, animadores de igrejas e templos.
Pare de dar trela à sua ignorância, carência; ao seu egoísmo, sua preguiça, sua cara-de-pau, sua desculpa esfarrapada, sua indolência, seu mau humor, sua falta de direção no rumo da própria vida.
Goste, ou não goste, está no melhor lugar, no momento certo, com as pessoas corretas, e com todas as portas abertas para ser feliz.
E se ficar marcando bobeira, o leite vai derramar mesmo.
Chora na rampa!



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