É com imenso prazer, quase sexual, que encho os pulmões pra dizer “Arrebentamos”.
Chega de todo ano a gente ficar padecendo nas primeiras rodadas vendo nossos grandes clubes cariocas levarem “coças” humilhantes dos pequenos. E sem essa do “politicamente correto” – mesmo porque político e correto dificilmente se encaixam na mesma frase – ter de dizer “clubes “ditos” pequenos”. Se dito quer dizer, segundo nosso “Aurélio”: mencionado, referido; ou “dizido” na língua “urubulina”; então é porque, é isso mesmo sem tirar nem por. Times Pequenos! Mas vamos deixar essa aula de Língua Portuguesa; que para mim deveria ser chamada de “Língua Brasileira”, já que é pelo menos 500 anos mais rica do que a originária; para os catedráticos da matéria e retornemos aos Clubes Cariocas. Vamos combinar o seguinte: no “Universo Carlopeano”, dos dezesseis clubes que disputam o “Carioca” são considerados: “Grandes” os tradicionais Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama e aquele “cujo nome não deve ser proferido”. E como “Pequenos” todos demais, subdivididos nos “Tradicionais”: América, Bangu, Madureira e Olaria; nos “Municipais”: Americano, Friburguense e Volta Redonda e nos “Emergentes”: Boa Vista, Duque de Caxias, Macaé, Resende e Tigres. Pronto!
Assim decretado entenderão melhor minha afirmação inicial. “Lavamos a égua”! É claro que precisou que os nossos “cartolos” tomassem muitas “bolas nas costas” para perceberem que, há muito tempo só “camisa” não ganha jogo. Então passamos a ter pré-temporadas mais qualificadas, com trabalho sério e respeito aos outros times, que embora pequenos não são “meios” e muitas das vezes, fazem valer a máxima de que “no campo são onze contra onze”.
Embora, todos os quatro tiveram sucesso nesse “abre alas”, não podemos negar que a maioria dos atletas jogaram com “o peso das férias” nas costas. Senão Vejamos!
O ”Vascaído na Grama”, primeiro dos grandes a jogar, ou pretender jogar, pagou o preço do “tsunami” de contratações e acabou sendo um maremoto de jogadores, sem qualquer padrão de jogo e vivendo apenas de fraquíssimas marolas. O “Dodói”, totalmente fora de ritmo, não assustava nem “filhote” quanto mais os já desenvolvidos zagueiros “felinos”. O “Zuzurubu”, nosso “personal-etílico”, não perdeu a chance de alfinetar, afirmando que o que faltou ao “Dodói” foi o “dodôping”. Maldades à parte, a verdade que os “marujos” da “Nau Cruzmaltina” jogaram muito mal e o seu “capitão” “VaiGné Mancinho” ficou mais perdido que político em Brasília. Pior que vencer pelo placar mínimo é ver que o Tigres ainda teve dois gols anulados. Corretamente anulados, mas não deixaram de ser dois projéteis que perfuraram o “casco da Gama” e, vai que o juiz é flamenguista... Meus dois correspondentes piratas infiltrados na fragata, Manoel Joaquim & Joaquim Manoel, me informaram que viram o técnico se transfigurar em “Vagnervoso Mancini” quando viu o “palhaço Pimpão” (que nem precisa de apelido) ser expulso numa jogada totalmente bisonha. Mas aí também, não tem dono de circo que agüente.
Em Campos, no estádio “Godofredo Cruzcredo” o time sul-americano da “Ameba Solitária” quase que inicia sua campanha como terminou a do ano passado, tetra-vice-campeão. Logo aos dois minutos, o velho, mas novato, “R-ra” inaugurou o placar, mas enquanto os “botafolgados” comemoravam, o “MacaÉca” empatou. E nem bem assimilavam a cacetada tomaram outra permitindo a virada do “Leão dos Goytacazes”. Nessa “altura do campeonato” parecia que o “Bostafogo” atacaria de novo. Não fosse a força da torcida do Americano que; morando ao lado, não tinha mesmo nada pra fazer e prevendo a cacetada que iria tomar no dia seguinte; preferiu ir torcer para o uniforme semelhante; a “cachorrada ia toda pro canil, sem osso nem pescoço”. Mas nesse exato momento o “GAGÁ. – Grupo Ancestral Glorioso Alvinegro” entrou em ação e baixou o “Didi” no Lucio Flavio, fazendo ele acertar um belíssimo gol de falta. Depois exorcizaram o lado mulherengo do “Garrincha”, que estava obsediando o número sete, “R-ra”, que acordou pro jogo e, desistindo de paquerar uma “indiazaça” que tava dando mole pra ele, enfiou uma “pitomba” no travessão que acabou no “Marcelo-nada-Cordeiro” empurrar pra dentro. Xô! Urucubaca.
No “Maraca” aconteceu novamente, de novo, outra vez, a intervenção demoníaca do “Maléfico Flamélio”, demo protetor do Flamengo. Após o gol do “MAUrinho” tradicional carrasco do “menguinho”, o “cabrunco” rubro negro começou a atuar, primeiro produzindo um buraco na defesa do “CaDuque de Caxias” facilitando para o gol de empate do “CalhambeKeberson”. Depois colocou o zagueiro do time rural no “slowmotion” permitindo a chegada do “Fierro na Boineca” para fazer o segundo. O diabo do Demo já tava voltando pro inferno quando o “Duque” empatou. Então ele teve de voltar a ativa e inventar o gol espírita numa cabeçada do irmão do “Calos Abertos”.
Encerrando, e pros “Urubulinos” não “bosferarem” que eu protejo o “Tricolor” nem vou falar da maravilhosa, espetacular, extraordinária, gigantesca, esplendorosa, admirável, linda, fascinante, excelente, notável, primorosa, formidável, prodigiosa, perfeita, frenética, magnífica, primorosa, intensa, gloriosa, dignificante e majestosa vitória dos “Guerreiros das Laranjeiras”. Só vou dizer, simplesmente:
NNNNNNEEEEEEEEEEEEEEEEEEENNNNNNSSSSSEEEEEEEEEEEEE!
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