O que sabem na terra de meninos,
que vagam pelas ruas e becos,
lâminas e estiletes,
púberes famintos,
d’almas nuas
[e línguas sem cabresto.
Inócuos de infames atos de sexo gerados,
copiativos e que não deletreiam,
sempre ao léu
[e sem raízes de sonhos,
sonhos que por becos vagueiam.
Se delínqüem são feras instáveis,
não de todo matéria vazia,
carregando quem sabe,
um grande estandarte,
esperança de nobres
[quiçá responsáveis.
Heróis mortais de saúde frágil,
convoca o entusiasmo de poesia,
que de mão forte
[e gestos de alegria,
quer sol e pão ao delinqüente.
AdeGa/85
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