Tudo é passado,
por onde passeia a mente,
aguçando a saudade nos sentidos,
consentindo o presente,
galardão pelas divagações
[que me estremecem.
Um sonho pelo vindouro,
como se por lá tivesse indo,
põe uma lacuna na dorída saudade,
e traz calafrios momentâneos,
porque faz reparos
[no todo que já foi vivido.
O desejo do agora se aflora,
me eis possuidor de tantas passagens,
se me faz consentido o porvir,
e estas quimeras que dão sentido,
a este viver que
[no presente resplandece.
AdeGa/98
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